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Petrobras pode ter novo modelo de venda de refinarias em 3 meses, diz CEO

Roberto Castello Branco afirmou que gostaria de ter menos de 50% da capacidade de refino no Brasil, para a criação de um mercado competitivo

Por Reuters 28 fev 2019, 18h00
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  • O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta quinta-feira, 28, que a petroleira poderá apresentar, em cerca de três meses, um novo modelo ao mercado, mais ousado e competitivo, para venda de parcela importante do seu parque de refino, incluindo refinarias inteiras.

    Após tomar posse no mês passado, o executivo enfatizou em sua primeira entrevista coletiva de resultados financeiros, seus planos de buscar desinvestimentos mais agressivos, buscando a venda de um maior número de ativos não essenciais à empresa.

    Castello Branco, é um economista com pós-doutorado pela Universidade de Chicago e extensa experiência nos setores público e privado. Ele foi uma escolha do ministro da Economia, Paulo Guedes, para presidir a Petrobras. A Universidade de Chicago, também frequentada por Guedes, é considerada uma instituição de linha liberal.

    “Nós vamos desenhar um pacote (para a venda de refinarias) que atenda nossos interesses. Interesses de gerar recursos para reduzir endividamento e financiar investimentos em óleo e gás, mas ao mesmo tempo deve ter cuidado para não permitir monopólios regionais controlados por grupos privados”, afirmou Castello Branco.

    “Eu espero acelerar esse prazo e, talvez, em três meses, tenhamos condições de anunciar (o plano)”, completou.

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    Atualmente, a Petrobras tem quase 100 por cento da capacidade de refino do Brasil. Para Castello Branco, é preciso um mercado competitivo e que os preços sejam determinados pelo relacionamento entre fornecedores e clientes. Mais cedo, ele afirmou a analistas que gostaria de ter menos de 50 por cento da capacidade de refino no Brasil, embora não exista uma meta formal.

    “Nós pretendemos mudar o modelo. O modelo passado não concordamos porque exclui compradores e não queremos excluir ninguém. Isso está fora de questão e o modelo será outro, mas está sendo discutido para encontrarmos o que achamos melhor”, afirmou.

    Sobre o plano de desinvestimentos de forma geral, o executivo ressaltou que não há uma meta de recursos que podem ser levantados, pois o valor será determinado pelo mercado.

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    Dentre outros ativos importantes que podem ser vendidos, Castello Branco afirmou que espera que possa vender logo sua rede de gasodutos TAG, sem entrar em detalhes, e também reiterou que está estudando a venda do controle da BR Distribuidora, também ainda sem uma definição específica.

    A inclusão de algumas termelétricas no plano de venda de ativos também poderá ocorrer. Ativos de energias renováveis não são considerados prioridade para a empresa, segundo Castello Branco.

    Modelo anterior

    Sob gestão de Pedro Parente, último presidente da petrolífera, a Petrobras havia lançado plano no ano passado para vender 60 por cento da participação da empresa em ativos de refino e logística no Nordeste e Sul do país. Nesse modelo, a Petrobras seria minoritária em quatro refinarias no país e outras nove ficariam totalmente sob seu controle.

    Castello Branco disse também que a companhia não busca ficar com fatias minoritárias em refinarias. Ou seja, quando vender as participações em refino, deverá vender toda a unidade.

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