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Petrobras apresenta o seu plano, mas recado de Lula já custa bilhões

Sinalizações do governo eleito já fizeram a Petrobras perder 145 bilhões de reais em valor de mercado

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 dez 2022, 16h27 - Publicado em 1 dez 2022, 16h11

A Petrobras divulgou nesta quinta-feira, 01, o seu plano de investimentos para o período de 2023 a 2027, com previsão de 78 bilhões de dólares a serem alocados, uma expansão de 15% comparado ao plano anterior, e com foco na área de exploração e produção e no aumento na projeção de pagamento de dividendos, estimados em 80 bilhões de dólares para os próximos cinco anos. O plano, no entanto, já nasceu ameaçado de revisão pelo governo eleito, e agora também conta com outro agravante para não ser efetivado: a perda de 145 bilhões de reais em valor de mercado.

As incertezas sobre o futuro da Petrobras após falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de pessoas de sua equipe de transição para o governo reduziram o valor da companhia de 521 bilhões de reais – maior valor registrado em outubro – para os atuais 373 bilhões de reais. A derrocada no valor de mercado, com a queda das ações da companhia, está atrelada às propostas do governo petista, que parece querer repetir os erros do passado. Lula já sinalizou que está disposto a retomar o investimento em refinarias e reduzir os proventos pagos aos investidores. A proposta, no entanto, soa contraditória, uma vez que a União é a maior acionista e, portanto, a maior beneficiária dos dividendos. O pagamento poderia auxiliar, por exemplo, para aumentar a verba do governo com políticas sociais em um momento que governo busca soluções com uma PEC para acomodar as promessas de campanha.

A queda no valor de mercado da companhia acontece em um momento de alta do barril do petróleo no mercado internacional, e traduz a menor confiança dos investidores na capacidade da empresa gerar riqueza no futuro. A percepção de risco sobre a empresa aumentou e a própria sustentabilidade financeira da empresa pode ser um entrave para os planos de investimento da estatal. Nas últimas semanas, o banco de investimentos suíço UBS cortou pela metade o preço-alvo de suas ações.

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