Permanência de Ilan à frente do BC seria ‘natural’, diz Paulo Guedes
Guedes conta com o apoio do presidente do BC para conseguir aprovar PEC que dá independência formal ao órgão
O economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda no governo de Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta terça-feira que ainda precisa chegar a um acordo com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, para que ele permaneça no cargo. Apesar disso, afirmou que seria “a coisa mais natural do mundo”.
Guedes tenta convencer o presidente eleito de que Goldfajn é o nome certo para o BC e que o governo precisa aprovar a independência formal do órgão, com a instituição de mandatos não coincidentes com os do presidente. A mudança já era prevista pelo plano de governo de Bolsonaro.
“Não podemos estar a cada eleição falando será que ele [presidente do Banco Central] fica? Será que ele não fica? Será que ele muda? Será que ele não muda? Então, teremos um Banco Central independente”, afirmou Guedes.
O futuro ministro busca o apoio de Goldfajn para aprovar a independência formal do BC e conta com sua permanência para facilitar a aprovação da mudança que depende que uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) passe no Congresso. “Isso tem que combinar com a nossa equipe aqui dentro, tem que combinar com o Ilan. Estou dizendo que seria natural”, disse.
Por outro lado, ele disse que não fez o convite ainda. “Não quero convidar alguém que não tem o desejo de ficar. A motivação é fundamental.”
(Com informações de Agência Brasil)