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“Pequeno agricultor também pode ganhar dinheiro com crédito de carbono”, diz Rita Ferrão

Um produtor com 100 hectares de terra pode conseguir ganhar até 350.000 reais por ano, uma verdadeira “safra de carbono”

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jul 2025, 12h36 - Publicado em 4 jul 2025, 08h42

O marco legal do mercado de carbono (Lei 15.042/2024) abre caminho para que atividades rurais recebam por serviços ambientais, ao incluir florestas, pastagens e agricultura como fontes elegíveis de créditos. Segundo Rita Ferrão, presidente da ABCarbon, a mudança coloca o país em posição única: “Temos a maior biodiversidade do mundo e agora também regras claras para monetizá-la”.

A ABCarbon atua como uma espécie de “cartório” do setor, medindo e registrando estoques de carbono via satélite em tempo real, com uso de inteligência artificial. Diferentemente de metodologias baseadas em cenários futuros, a empresa só certifica o carbono já sequestrado nos 12 meses anteriores à medição, o que, segundo Ferrão, reduz risco de fraude e aumenta a confiança dos compradores internacionais.

Em pouco mais de dois anos, a plataforma já validou 1,5 milhão de créditos, cada um negociado entre 25 e 35 reais. A quantidade de créditos por hectare varia conforme a vegetação e o uso do solo em cada propriedade. Mas, considerando-se uma média de 140 créditos por hectare, um produtor com 100 hectares de terra pode conseguir ganhar até 350.000 reais por ano, uma verdadeira “safra de carbono”.

Enquanto o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões ainda aguarda regulamentação completa, a maior parte das transações ocorre no mercado voluntário, abastecido por empresas interessadas em neutralizar suas próprias emissões. Para alavancar as vendas, a ABCarbon fechou parceria com um intermediário americano que passará a ofertar os ativos em escala global.

Em entrevista ao programa VEJA+Verde, Ferrão sustenta que o maior desafio está na segurança: é preciso garantir rastreabilidade da origem do crédito e evitar fraudes como a duplicidade de áreas. Com tecnologia auditável, a associação tem uma parceria recém-assinada com a FGV para fazer o inventário de áreas de preservação junto a prefeituras. Ferrão acredita que o Brasil tem tudo para liderar a corrida por um planeta carbono-neutro — exportando não só soja e minério, mas também o valor da floresta em pé.

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O VEJA+Verde, conduzido pelo editor Diogo Schelp, traz empresários, personalidades, gestores públicos e especialistas para apresentar suas visões e soluções sobre um dos maiores desafios para a sobrevivência da humanidade: conciliar desenvolvimento econômico e social com preservação do meio ambiente.

Em sua primeira temporada, o VEJA+Verde tem como principal mote as discussões que serão levadas por governos, empresas e organizações ambientais para a COP30.

Para assistir às entrevistas do VEJA+Verde, acesse o streaming VEJA+ no portal de VEJA, o canal da marca no YouTube ou suas redes sociais.

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