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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para 221 mil

Dado sugere mercado de trabalho resiliente, mas o aumento nos pedidos recorrentes indica que a economia começa a sentir o impacto dos juros

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 mar 2025, 11h32 - Publicado em 6 mar 2025, 11h15

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 221 mil na última semana de fevereiro, uma redução de 21 mil em relação à semana anterior e bem abaixo das expectativas do mercado de 235 mil. À primeira vista, o dado reforça o diagnóstico de um mercado de trabalho apertado, onde menos trabalhadores estão perdendo seus empregos e, portanto, a procura por assistência governamental permanece controlada. No entanto, um olhar mais atento aos pedidos recorrentes – aqueles feitos por pessoas que continuam desempregadas – aponta para um cenário mais preocupante.

Os pedidos recorrentes subiram 42 mil, alcançando 1.897.000, o que sugere que, embora menos pessoas estejam sendo demitidas, aquelas que perdem seus empregos estão demorando mais para se recolocar no mercado. Esse aumento pode ser um sinal de que a tão esperada desaceleração econômica, uma das metas do banco central americano, o Federal Reserve (Fed), com sua política de aumento dos juros, está finalmente começando a impactar a demanda por mão de obra.

A taxa de desemprego segurado ajustada sazonalmente manteve-se estável em 1,2%, reforçando que, apesar do leve aumento nos pedidos recorrentes, a maior parte dos trabalhadores continua empregada. O mercado de trabalho tem sido um ponto central na análise do Fed para medir a eficácia de suas ações no controle da inflação, que permanece bem acima da meta de 2%.  A política monetária do Fed, que elevou as taxas de juros para os níveis mais altos em mais de uma década, tem como objetivo esfriar a economia, reduzindo a demanda por bens e serviços e, com isso, diminuindo as pressões inflacionárias. No entanto, com o mercado de trabalho ainda mostrando sinais de força, os economistas se perguntam até que ponto o Fed será capaz de continuar elevando os juros sem provocar um colapso no emprego.

A alta nos pedidos recorrentes pode ser um dos primeiros sinais de que o ajuste está começando a acontecer, especialmente nos setores mais sensíveis às taxas de juros. Com a demanda por crédito desacelerando e a confiança dos consumidores vacilando, muitos empregadores podem estar optando por postergar novas contratações ou até mesmo reduzir suas forças de trabalho. Para o Fed, o desafio agora é balancear a desaceleração sem perder o controle sobre o mercado de trabalho.

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