Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem mais do que o esperado, para 220 mil
Mercado de trabalho americano tem apresentado uma desaceleração gradual

Os Estados Unidos registraram 220.000 pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana encerrada em 14 de dezembro, uma queda de 22.000 em relação à semana interior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, 19. O número vem abaixo da estimativa de economistas consultados pela Reuters, de 230.000 pedidos.
Nos últimos meses, o mercado de trabalho americano tem apresentado uma desaceleração gradual, embora ainda se mantenha aquecido. Em discurso na quarta-feira, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), destacou que a instituição continua monitorando os riscos de desaquecimento da economia, mas considera que os dados indicam um cenário de empregos resiliente. “O mercado de trabalho esfriou em relação ao seu estado anterior de superaquecimento e segue sólido”, disse Powell.
A taxa de desemprego americana cresceu de 3,7% no início do ano para 4,2% em novembro. No meio do ano, o rápido aumento da taxa gerou temores de uma possível recessão nos Estados Unidos devido à alta dos juros. O Fed, no entanto, considera que cenário está controlado, e que os riscos relacionados ao desaquecimento do mercado de trabalho diminuiram desde então.
Ontem, o Fed anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, levando-a ao intervalo de 4,25% a 4,50%. Para 2025, a instituição revisou suas projeções, agora indicando apenas dois novos cortes de juros, abaixo dos quatro previstos em setembro. O colegiado cita a resiliência econômica e incertezas relacionadas à política econômica a partir do ano que vem, quando Donald Trump assume a presidência e promete uma guinada protecionista no país.