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Os projetos pendentes para que o Congresso ‘zere’ a pauta de Haddad no ano

Orçamento e projeto das apostas esportivas devem ser votados antes do recesso; há expectativa pela promulgação da reforma tributária

Por Larissa Quintino Atualizado em 18 dez 2023, 14h18 - Publicado em 18 dez 2023, 09h28

Os parlamentares entrarão em recesso a partir do sábado, dia 23, e a última semana do ano está repleta de pautas importantes antes de passar a régua deste ano. A principal delas é a aprovação do Orçamento para o ano que vem: tanto a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) quanto a Lei Orçamentária Anual (LOA) precisam ser analisadas pelos parlamentares. Além disso, a Câmara dos Deputados deve finalizar a votação do projeto das apostas esportivas — as chamadas bets — e o Senado precisa votar a MP das subvenções. Ambos os projetos fazem parte do esforço arrecadatório do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para cumprir a meta de 2024. 

Além disso, o Congresso deve convocar uma sessão solene para promulgar a reforma tributária. Por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição, o texto não vai para a sanção do presidente da República, mas, sim, para a promulgação pelo Parlamento. A Câmara dos Deputados concluiu a votação na última sexta-feira. O Brasil passará a ter a tributação sobre o consumo feita em forma de imposto sobre valor agregado (IVA), modernizando a legislação atual e adequando o sistema ao de economias avançadas. 

Para além da solenidade da tributária, há coisas importantes pela frente. A LDO, projeto que baliza o Orçamento do próximo ano, deveria ter sido votada antes do recesso de meio de ano, até julho, o que não aconteceu. O governo e os parlamentares preferiram esperar a aprovação do arcabouço fiscal, em agosto, para daí costurar a matéria baseada na nova regra fiscal. Apesar de toda discussão vinda da ala mais política do governo Lula, que planejava flexibilizar a meta fiscal de 2024, o relator, o deputado Danilo Forte (União-CE), manteve a meta de déficit fiscal zero para o próximo ano.

Segundo o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a Câmara e o Senado farão sessões conjuntas entre quarta e quinta-feira para votar os projetos. O relatório final da LDO foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), na última quarta-feira e está pronto para apreciação do plenário.

Já a LOA , relatada pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL/SP), ainda não teve seu parecer final apresentado à CMO e, depois disso, vai para plenário. A estimativa do Orçamento para  2024 é de 5,4 trilhões de reais. As principais despesas primárias previstas no relatório preliminar da LOA são a Previdência Social (30% do total, cerca de 919 bilhões de reais); transferências para estados e municípios (16,6% do total, 507 bilhões de reais); e despesas de pessoal (13,3%, ou 407,1 bilhões de reais).

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Nas Casas

Além das tarefas de sessões conjuntas, cada Casa tem projetos do pacote arrecadatório do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que devem ser concluídos.  Os senadores precisam analisar a medida provisória que trata das subvenções do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS). O texto foi aprovado na Câmara e poderá aumentar a arrecadação em 35 bilhões de reais no próximo ano. Já a Câmara deve votar a tributação das apostas esportivas de cota única, as chamadas bets. O texto voltou para os deputados porque o Senado retirou os jogos de cassinos on-line, incluídos pela Câmara; por isso, precisa de nova apreciação.

 

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