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Os principais fatores para queda de árvores em SP, segundo estudo

O estrangulamento da raiz pelas calçadas e as podas drásticas são os princinpais causadores. Cidade registra 2 mil caso/ano e já perdeu 4% da arborização

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h26 - Publicado em 12 jan 2024, 14h41

Um estudo recentemente publicado na revista científica Urban Forestry & Urban Greening revelou os principais fatores associados às quedas de árvores na região central da cidade de São Paulo. A pesquisa, fruto da colaboração entre a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Prefeitura de São Paulo, analisou 456 casos de árvores caídas.

A pesquisa identificou que o estado da madeira, o estrangulamento da raiz pelas calçadas e as podas drásticas são preditores frequentes desses eventos. Dos 456 casos analisados, 46% correspondem à queda de galhos e ramificações, 33% à raiz e 21% ao tronco. Essa distribuição contrasta com estudos anteriores, onde predominavam problemas no tronco e na raiz. Os pesquisadores apontam que essa mudança pode estar relacionada ao fato de que a queda de galhos só recentemente passou a ser considerada um problema potencial. Por meio do cruzamento de dados com o uso de inteligência artificial, o grupo identificou os três fatores preditivos – estado da madeira, constrições do colo da raiz e poda.

 A cidade registra anualmente cerca de 2 mil quedas, excluindo parques e áreas de proteção ambiental, e a região central, que abrange oito bairros – Sé, República, Bom Retiro, Santa Cecília, Consolação, Bela Vista, Liberdade e Cambuci -, apresentou a maior concentração de ocorrências desse tipo em toda a capital.  Entre 2013 e 2021, a cidade perdeu cerca de 4% das 652 mil árvores existentes na sua área urbana.

Durante chuvas intensas nos dias 8 e 9 de janeiro, o Corpo de bombeiros atendeu 250 chamados relacionados a quedas de árvores. Em novembro de 2023, mais de 2 milhões de moradores ficaram sem energia elétrica por dias, após o rompimento de fiação provocado pelo mesmo problema.  A pesquisa oferece insights valiosos para as autoridades municipais e gestores ambientais, fornecendo subsídios para a implementação de medidas preventivas e aprimoramento das práticas de manejo urbano.

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