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OIT: mulheres ganham 15% a menos que homens na América Latina

As diferenças também existem na taxa de ocupação: 45% para as mulheres, contra 68% dos homens

Por EFE Atualizado em 8 mar 2018, 14h48 - Publicado em 8 mar 2018, 14h43

As mulheres empregadas de América Latina ganham em média 15% a menos que os homens, segundo informou nesta quinta-feira a Organização Internacional do Trabalho (OIT) neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A diferença salarial reduziu cinco pontos percentuais entre 2005 e 2015.

No mercado de trabalho da América Latina há 117 milhões de mulheres, um número sem precedentes ao representar pela primeira vez mais da metade da população feminina (50,2%), mas ainda longe dos 74,4% de participação laboral no caso dos homens.

As diferenças também existem na taxa de ocupação, já que para as mulheres é de 45% enquanto para os homens é de 68%, com uma diferença de mais de 20 pontos percentuais.

A taxa de desemprego ficou situada em 10,4% para as mulheres no final de 2017, e pela primeira vez superou dois números, o que é 1,4 vezes superior ao índice de desocupação dos homens.

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Isto faz com que na América Latina, metade dos 26 milhões de desempregados que há na região sejam mulheres, apesar de elas terem uma menor participação laboral que os homens.

O diretor da OIT para a América Latina e o Caribe, José Manuel Salazar-Xirinachs, lamentou que as disparidades entre homens e mulheres estejam ainda longe de se igualar, apesar do aumento da população ativa feminina na região.

Salazar-Xirinachs destacou que “o caminho para a igualdade no trabalho ainda é longo” e indicou que estes dados, recompilados no Panorama Laboral da América Latina e o Caribe 2017 da OIT, devem ser considerados “um chamado à ação”.

“Acabar com as brechas não é só uma maneira de garantir que ninguém fique atrás, mas de avançar para uma maior justiça social. Também é fundamental para aproveitar um imenso potencial desperdiçado para o desenvolvimento econômico e social da América Latina e o Caribe”, destacou.

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O diretor regional da OIT apontou que “a lista de tarefas para acabar com todas estas brechas é longa e começa necessariamente com a necessidade de insistir em políticas para combater os estereótipos que ainda prevalecem em muitos lugares de trabalho”.

O diretor acrescentou que são importantes as medidas destinadas especialmente a melhorar a inserção laboral das mulheres, como as leis ou cláusulas de igualdade nos convênios coletivos para garantir que homens e mulheres tenham os mesmos salários em troca do mesmo trabalho.

Salazar-Xirinachs também mencionou a necessidade de intervir as políticas educativas e de formação profissional para evitar a desconexão com as reivindicações do mercado de trabalho, com maior ênfase nas áreas mais relevantes para a incorporação de mais mulheres, como ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

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