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O setor brasileiro em que o otimismo predomina

Previsões positivas são resultado da recuperação dos preços de commodities e valorização do dólar nos últimos meses

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jan 2025, 13h30

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano deve perder força em relação a 2024, segundo a perspectiva da maioria dos economistas. Mas um setor da economia brasileira reúne um otimismo grande, de olho na recuperação dos preços de commodities agrícolas e pela valorização do dólar contra o real: a agropecuária.

Segundo previsões compiladas pelo Broadcast Agro, a expectativa é de que o setor agropecuário cresça sua participação no PIB do país com uma expansão de 2,5% a 6% neste ano, impulsionada também pela maior produção de grãos na safra 2024/2025. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos deve chegar a 322 milhões de toneladas. No PIB agropecuário, os grãos respondem pela maior fatia, o que deve equilibrar a menor safra de café e açúcar e a retração da pecuária.

Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) do fim de 2024 já mostravam a força do setor e a propulsão que ele traria para a atividade brasileira neste ano. Para a entidade, o avanço do PIB será impulsionado pelo aumento da produção primária agrícola, com destaque para os grãos, e pela expansão da indústria de insumos e agroindústria exportadora. O crescimento estimado do Valor Bruto da Produção em 2025 é de 7,4% ante 2024, com uma receita de R$ 1,43 trilhão. No caso do segmento agrícola, o valor deve chegar a R$ 937,55 bilhões, uma retomada após a quebra da safra em 2024.

Desde o fim do ano passado, porém, a CNA ponderava que há desafios pela frente. No caso do câmbio, embora a alta do dólar favoreça as negociações antecipadas das principais commodities agrícolas, também pressiona os custos de insumos, caso dos fertilizantes e pacotes tecnológicos. Isso ocorre porque tais insumos são importados, uma conta que recai sobre o produtor brasileiro.

Além disso, a taxa Selic deve chacoalhar o setor, já que a perspectiva é de que o nível dos juros permaneça alto. Isso acaba gerando impactos negativos para concessões de crédito em 2025 — o que atinge diretamente o agro. Segundo a entidade, o setor precisará se organizar para gerir os riscos e procurar fontes alternativas de financiamento, como o mercado de capitais.

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Outro ponto de atenção relevante é o acirramento das tensões entre as principais economias globais, como no caso das sanções da União Europeia aos produtos agropecuários brasileiros por meio de medidas como a Lei Antidesmatamento.

De todo modo, a visão positiva permanece, em linhas gerais. O Banco do Brasil, que lidera a concessão de crédito rural e financiamentos ao setor, é um dos que endossam o coro de otimismo, diante do desempenho positivo em grãos e pela leitura ainda favorável para a pecuária, além de uma melhora no nível de inadimplência, mesmo em um contexto de juros mais altos. Conforme dados do fim do ano passado, o banco realizou desembolsos de R$ 100 bilhões na safra 2024/2025. Em julho, a instituição financeira anunciou o seu maior Plano Safra da história, com R$ 260 bilhões para financiamentos.

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