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O recado de Campos Neto e Galípolo a Lula sobre o risco fiscal

Em comunicado, Copom afirma que política fiscal crível e comprometida impacta nas decisões de política monetária

Por Larissa Quintino Atualizado em 24 set 2024, 08h37 - Publicado em 18 set 2024, 19h11

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros da economia. Com o ajuste, a Selic foi para 10,75% ao ano. O principal motivo apontado pelo Banco Central para a alta dos juros é a desancoragem das expectativas de inflação — e a política fiscal permissiva do governo Lula tem contribuído para que a inflação futura fique fora do centro da meta.

A decisão unânime do Comitê — formado atualmente por cinco membros indicados por Jair Bolsonaro e quatro de Lula, entre eles Gabriel Galípolo — deixa muito clara como o fiscal afeta na política monetária. ” O Comitê monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal, junto com outros fatores, tem impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes’, diz o comunicado. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, continua o Copom.

A previsão de inflação do mercado é de  4,4% para 2024 e 4,0% para 2025. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,5% no cenário de referência. Para todos esses períodos, o centro da meta é 3%, com margem de tolerância até 4,5%. 

A decisão unânime é importante pois a partir de 1º de janeiro, o BC deve trocar de presidente. Galípolo, indicado por Lula, precisa passar por sabatina em comissão do Senado e votação em plenário, que devem acontecer no dia 8 de outubro. O viés técnico do Banco Central também é essencial para não tensionar ainda mais as expectativas.

Galípolo irá substituir Campos Neto, que tem sua atuação criticada e questionada por Lula. Campos Neto é o primeiro presidente desde a autonomia de decisões do Banco Central, e foi indicado por Bolsonaro. Pela lei da autonomia, os mantados do BC não são concomitantes aos da Presidência da República e o presidente também não pode exonerar o chefe da autoridade monetária — fato também muito questionado pelo petista.

O governo Lula fixou uma meta de zerar o déficit fiscal neste ano, desacreditada pelo mercado. Os analistas estimam um déficit de 0,6% neste ano. Para o ano que vem, a meta também é de déficit zero. A intenção inicial era de superávit, porém o Ministério da Fazenda revisou os os objetivos em abril deste ano.

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