O que explica a alta de quase 10% da gasolina em 2024
Combustível foi responsável por 0,48 ponto percentual (p.p) na taxa acumulada da inflação; veja itens que mais pesaram no bolso em 2024

A gasolina foi o subitem que mais pesou na alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em 2024. Em 12 meses, o combustível subiu 9,71%, variação que contribuiu diretamente com 0,48 ponto percentual (p.p) na taxa acumulada da inflação. O IPCA fechou em alta de 4,83% em 2024, estourando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a preço médio da gasolina passou de R$ 5,58 na última semana de 2023 para R$ 6,15 na última semana de 2024. O aumento foi impulsionado principalmente pela reoneração do PIS/Cofins e pela elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que aumentou R$ 1,3721 por litro de gasolina. A medida encerrou o período de isenções e desonerações fiscais sobre combustíveis, iniciado em 2021.
Apesar da alta, o impacto da gasolina na inflação foi menor que em 2023, quando o combustível subiu 11% e contribuiu em 0,52 ponto percentual para o aumento do IPCA. Isso acontece porque, ao longo de 2024, a Petrobras efetuou apenas um reajuste na gasolina comercializada às distribuidoras. Em maio de 2023, a estatal anunciou uma mudança na política de preços, abandonando a paridade de preços internacionais (PPI), que vinculava os ajustes dos combustíveis às oscilações do dólar e do petróleo no mercado externo.
Maiores responsáveis
O plano de saúde foi o segundo subitem que mais comprometeu o bolso do brasileiro em 2024, responsável por 0,31 p.p da variação do IPCA e em alta de 7,87% em 12 meses. Veja os 10 produtos que mais pesaram na conta em 2024: