O país em que pegar um voo pode significar risco de vida
No domingo, uma aeronave bimotor da Tara Air com 22 pessoas caiu nas montanhas do Nepal; região teve dez acidentes fatais na última década
O Nepal, localizado entre a Índia e o Tibete, bastante conhecido pelo Monte Everest, está ficando marcado pelas inúmeras tragédias envolvendo aviões em seu território. No domingo 29, uma aeronave bimotor da Tara Air com 22 pessoas caiu nas montanhas, deixando até o momento catorze vítimas. A região teve praticamente uma queda de avião por ano na última década, de acordo com informações da agência Bloomberg.
A aeronave fazia um voo de curta distância. O avião decolou da Pokhara, uma meca turística, e seguiria até a base de trekking de Jomsom. As buscas dos corpos em meio aos destroços envolvem uma equipe de sessenta socorristas devido à dificuldade do terreno.
Esse não é o primeiro desastre com um avião operado pela Tara Air no Nepal. Em 2016, uma aeronave da empresa se envolveu em um acidente fatal.
Ocorrências do tipo se tornaram corriqueiras no Nepal. Na última década, foram registrados pelo menos dez acidentes na região: dois em 2012 (Agni Air e Sita Air), um em 2014 (Nepal Air), um em 2016 (Tara Air), dois em 2017 (Summit Air e Nepal Army), dois em 2018 (US-Bangla e Makalu), e um em 2019 (Summit Air), segundo dados da Aviation Safety Network.
O terreno acidentado e a diversidade climática são apontados como fatores que tornam a região um local arriscado e desafiador para voos, de acordo com especialistas em aviação. A região é bastante conhecida pelas rotas aéreas de curta distância para transportar pessoas para as partes remotas do país.