O fim da farra no Ciência sem Fronteiras
Programa passa por reformulação que, na prática, acabará com boa parte das bolsas ofertadas. A experiência fracassada mostra que houve pouco resultado
O Ministério da Educação anunciou na última segunda-feira, dia 3, que descontinuará a concessão de bolsas de graduação no programa Ciência sem Fronteiras. Tal modalidade representou quase 80% das 93 000 bolsas concedidas em universidades no exterior nos últimos sete anos. O foco agora será na pós-graduação, em moldes parecidos com os que já existiam antes de 2011, quando o programa foi criado.
Reportagem de VEJA desta semana mostra os principais erros de execução do Ciência sem Fronteiras. Não houve critério na escolha das instituições do exterior: muitas delas estão mais mal avaliadas do que as principais universidades brasileiras. Bolsistas que não dominavam o idioma da universidade de destino foram enviados para o exterior e tiveram que voltar antes do tempo por não conseguirem acompanhar o conteúdo. Houve até mesmo o envio de estudantes que não estavam nas áreas de ciências, engenharia e tecnologia e que, portanto, não poderiam ser selecionados para o programa.
Obra de marketing da primeira gestão de Dilma Rousseff, o Ciência sem Fronteiras não cumpriu plenamente o objetivo de fomentar a pesquisa científica no Brasil e serviu, em partes, apenas como um intercâmbio para jovens de alta renda. Tudo com dinheiro do governo – quase 9 bilhões de reais foram gastos no programa.
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