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Nubank lidera ranking de cadastro de chaves do Pix

Fintech desbanca de longe as instituições tradicionais em número de cadastros no novo sistema de pagamento do BC

Por Josette Goulart Atualizado em 4 jun 2024, 14h56 - Publicado em 14 out 2020, 19h20

Se tem uma fintech que está incomodando os grandes bancos com o tanto de clientes que vem conquistando, esta é o Nubank. Prova disso é que a instituição está liderando disparado o ranking de cadastro de chaves do Pix do Banco Central (BC), que foi divulgado nesta quarta-feira, 14. Foram 8 milhões de chaves cadastradas pelos clientes do Nubank. O segundo colocado é o Mercado Pago com 4,7 milhões de chaves registradas, seguido pelo PagSeguro com 4,3 milhões. Só então aparecem os grandes bancos. O Bradesco com 3,7 milhões, Caixa com 2,4 milhões, Banco do Brasil com 2,1 milhões e só então aparecem o Itaú e o Santander.

O Pix é o novo sistema de pagamentos do Banco Central que vai permitir transferências a qualquer hora do dia, qualquer dia da semana. Para isso, será preciso uma conta no banco e uma chave cadastrada que poderá ser o celular, o e-mail, o CPF ou então chaves aleatórias fornecidas pelos bancos. Desta forma, será também facilitada a forma de transferência de dinheiro. Em vez de informar agencia, conta corrente e banco, o cliente só precisa informar o número do celular, por exemplo. Isso significa que cada consumidor só pode cadastrar seu número de telefone em um único banco. Ao todo, foram cadastradas em uma semana cerca de 33 milhões  chaves, segundo informações do BC. Como cada cliente pessoa física pode cadastrar até cinco chaves e os clientes pessoas jurídicas outras 20 chaves, não se sabe ao certo quantas pessoas já se cadastraram para usar o sistema que estará disponível oficialmente no dia 16 de novembro. Mas, no dia 3 de novembro, começará uma fase teste.

As transferências pelo Pix não terão custo para pessoas físicas e por isso tende a acabar com a TED e DOC. Além dos números de telefone, e-mail e CPF, também poderão ser geradas chaves aleatórias de 32 dígitos que será enviada pela instituição ao Banco Central, que então gera um QR Code. Esta chave aleatória serve para quem não sente segurança em passar seus dados. A velha opção de informar banco, agencia, conta e CPF também estará disponível. O Pix é só o começo da revolução digital que o Banco Central pretende fazer no sistema bancário. Só com o Pix, a consultoria Roland Berger estima que 25 milhões de pessoas entrem no sistema justamente por conta da gratuidade do serviço. 

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