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Na COP, Melhoramentos apresenta nova marca de embalagens sustentáveis

Apesar dos problemas, o evento foi marcado pela apresentação de iniciativas privadas com soluções para o meio ambiente

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 nov 2025, 12h42 • Atualizado em 21 nov 2025, 12h59
  • A Melhoramentos, empresa de celulose, produtos de papel, desenvolvimento imobiliário e editorial, apresentou a Biona, sua nova marca de embalagens à base de fibra de celulose, durante a COP30, a Conferência do Clima da ONU, em Belém (PA). Trata-se da entrada da companhia de capital aberto em uma nova frente de negócios, com investimento inicial de 40 milhões de reais apoiado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A nova fábrica, localizada em Camanducaia, no Sul de Minas Gerais, tem capacidade de produção de 60 a 80 milhões de embalagens ao ano e deve gerar 40 novos empregos na região.

    Segundo a empresa, o diferencial técnico da Biona está em sua tecnologia de barreira, resultado de uma parceria com uma startup israelense da qual a Melhoramentos se tornou sócia. As embalagens são projetadas para resistir a gordura, umidade e temperaturas extremas, podendo ser utilizadas desde o freezer até o forno a 220 graus ou aparelhos air fryer, substituindo embalagens plásticas de uso único no setor de alimentos. “A diferença, o que Biona traz de diferença é a questão da tecnologia embarcada”, afirmou Rafael Gibini, presidente da Melhoramentos. “O pulo do gato é o aditivo, formulado pelos israelenses e com ingredientes seguros, que é impregnado à fibra de celulose”, explicou o executivo.

    A estratégia comercial da empresa foca em indústrias de grande porte do setor alimentício. A companhia já está em negociações com grandes empresas de bens de consumo para disponibilizar produtos com a embalagem Biona nas prateleiras. As aplicações previstas incluem alimentos congelados, margarina, sorvetes e produtos de higiene e limpeza. A Melhoramentos busca um posicionamento similar ao da Tetrapack, com sua marca presente nas embalagens dos produtos.

    A competitividade de custo é viabilizada pela integração vertical da empresa, que controla toda a cadeia produtiva desde o cultivo de florestas de eucalipto no interior de São Paulo e Sul de Minas até a produção de fibra de celulose e, agora, embalagens. “O fato de ser integrados, da madeira à fibra e à embalagem, nos dá uma competitividade de custo bem relevante”, explica Gibini. O executivo afirmou que, em algumas aplicações, a empresa consegue igualar o preço do plástico convencional, embora reconheça que ainda não consegue competir com produtos de baixíssima gramatura, mas com grande impacto ambiental, como o isopor.

    A empresa apresentou um estudo de pegada de carbono realizado pela Planton que analisou o ciclo de vida completo das embalagens, desde o plantio da árvore até o descarte. O levantamento apontou que a Biona registrou 22,37 gramas de CO₂ equivalente por unidade, o menor índice entre as alternativas avaliadas – 68% inferior ao polietileno, 59% menor que a polpa moldada chinesa e 43,5% abaixo do polipropileno. A substituição de 1 milhão de embalagens plásticas por Biona resultaria na redução de emissão de 17,4 toneladas de CO₂, um dos gases do efeito estufa.

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    A Melhoramentos possui exclusividade para uso da tecnologia israelense na América Latina. As embalagens se decompõem em até 75 dias e podem ser descartadas tanto no lixo orgânico quanto no reciclável. O CEO enfatizou que o objetivo é atender especialmente empresas que exportam para mercados com regulações mais rígidas sobre plástico de uso único.

    À margem das negociações diplomáticas duríssimas para avançar nos acordos climáticos e dos problemas de organização e infraestrutura, a COP30 foi marcada pela apresentação de iniciativas privadas com soluções para o meio ambiente e para a redução de emissões de gases do aquecimento global.

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