ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Na 1ª reunião sob comando de Galípolo, Copom eleva Selic a 13,25% ao ano

O aumento de 1 ponto percentual na primeira reunião sob o comando de Gabriel Galípolo já era esperado pelo mercado financeiro

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jan 2025, 20h37 - Publicado em 29 jan 2025, 18h45

Na primeira reunião sob o comando do novo presidente do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira, 29, elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Na quarta alta consecutiva dos juros, a decisão foi  unânime e mostra o esforço da autoridade monetária para conter a pressão da inflação e a desancoragem das expectativas.  

O aumento de 1 ponto percentual já era esperado pelo mercado financeiro e havia sido indicado pelo próprio comitê no último comunicado divulgado pela diretoria, apontando para a possibilidade de duas altas dos juros, em janeiro e março, caso o cenário projetado se confirmasse.

No comunicado, o Copom afirma que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo. “A inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes”, segundo o comitê.

O tamanho total da alta de juros está relacionado ao compromisso de trazer a inflação para a meta, que é de 3% ao ano, e da evolução dos principais fatores que influenciam esse processo. Isso inclui a variação dos preços mais sensíveis à economia e à política monetária, as projeções e expectativas do mercado para a inflação, o nível de atividade econômica e os riscos que podem impactar esse cenário. 

O Copom  indicou que vê mais riscos de alta do que de baixa para a inflação. Entre os principais fatores que podem pressionar os preços, estão a persistência da inflação de serviços, um cenário econômico global desfavorável e a possibilidade de o real continuar desvalorizado. Por outro lado, se a economia brasileira desacelerar mais do que o esperado ou se o cenário externo melhorar, a inflação pode cair.

Continua após a publicidade

O comunicado cita também que as projeções para a inflação seguem em alta, com os analistas do mercado elevando pela 15ª semana consecutiva a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que agora deve fechar o ano em 5,50%, acima do teto da meta. A pressão inflacionária também se estende para 2025, com previsão de 4,22%, de acordo com as projeções.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, houve revisão dos analistas de mercado para cima, com projeção de crescimento de 2,6%, mas ainda indicando desaceleração em relação a 2024, quando o avanço foi superior a 3%. Para 2026 e 2027, a economia deve continuar perdendo ritmo, segundo as projeções do Boletim Focus. O resultado oficial do PIB será divulgado pelo IBGE em 7 de março.

Outro ponto de atenção do Copom é o impacto da política fiscal na economia e na inflação. O comitê ressalta que o mercado tem demonstrado preocupação com o equilíbrio das contas públicas e isso afeta os preços dos ativos financeiros e a confiança na economia.

Continua após a publicidade

No comunicado, o Copom indica que diante do cenário difícil para controlar a inflação, deve fazer mais um ajuste de 1 ponto percentual na reunião de março.   Para além da próxima reunião, o Comitê  indica que não há um limite fixo para o aperto monetário.  “A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o comunicado.

Participaram da reunião, o presidente do BC Gabriel Muricca Galípolo e os diretores Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por VEJA (@vejanoinsta)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.