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Mulheres no campo: brasileiras ganham 50% menos que homens

De acordo com estudo, 44% das brasileiras dizem acreditar que o país levará de uma a três décadas para alcançar equidade entre gêneros

Por Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h06 - Publicado em 15 out 2018, 17h13

Quase oito em cada dez mulheres brasileiras (78%) que trabalham no campo dizem haver discriminação de gênero no agronegócio. Com esse resultado, a percepção de discriminação no Brasil é maior do que a média mundial (66%) encontrada por estudo realizado em 17 países a pedido da Corteva Agriscience, divisão agrícola da DowDuPont.

Os dados do trabalho foram divulgados hoje, quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres Rurais, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ressaltar a importância feminina na agricultura e identificar as barreiras que impedem o crescimento delas no agronegócio.

Apenas a metade das entrevistadas se considera tão bem-sucedida quanto os homens e só 42% dizem ter as mesmas oportunidades que os colegas do sexo masculino. Só 38% afirmam poder tomar decisões sobre como a renda é usada na agricultura e no cultivo.

De acordo com o estudo, 50% das brasileiras no campo dizem ganhar menos que os homens. O resultado também é maior que os 40% da média global. Das entrevistadas, 44% dizem acreditar que o país levará de uma a três décadas para alcançar equidade entre os gêneros.

Mesmo com tantos dados desfavoráveis, 63% das brasileiras disseram que atualmente existe menos discriminação do que há 10 anos. Sobre o trabalho, 90% das brasileiras têm muito orgulho de trabalhar no campo ou na indústria agrícola.

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“Elas nitidamente têm orgulho do que fazem, mas isso não necessariamente se traduz em felicidade ou satisfação. Em nosso país, a maior parte indicou que a desigualdade de gênero ainda é um problema, sendo que a metade delas afirma que tem salários menores do que os homens que exercem funções semelhantes”, aponta Ana Claudia Cerasoli, diretora de marketing da Corteva AgriscienceTM na América Latina.

A pesquisa ouviu 4.157 produtoras rurais que vivem realidades distintas em cinco continentes diferentes, sendo 433 delas brasileiras.

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