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Ministro da Fazenda diz que queda do PIB é ‘espelho retrovisor’

A economia brasileira caiu 3,6% em 2016 em relação ao ano anterior, no segundo ano de recessão

Por Da redação
Atualizado em 7 mar 2017, 11h18 - Publicado em 7 mar 2017, 11h14

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7) que a queda do PIB de 2016 é “um espelho retrovisor”. A economia brasileira caiu 3,6% em 2016 em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O PIB que foi divulgado hoje se refere ao ano passado. É o espelho retrovisor”, afirmou o ministro.

Com dois anos seguidos de retração, esse é o pior desempenho negativo  da economia – superando as quedas vistas em 1930 e 1931 –  e foi registrado em todos os setores.

Para Meirelles, o Brasil voltou à normalidade e a economia já começou a crescer. Para justificar seus argumentação, ele apresentou indicadores que mostram a retomada, como o aumento do fluxo de veículos leves nas estradas, produção de papelão ondulado usado em embalagens, as vendas de supermercados, importação de bens e a confiança do consumidor.

“Isso mostra uma retomada da atividade e os dados vão vir”, disse ele na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília.

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Para este ano, a expectativa do mercado financeiro é que o PIB cresça 0,49%. “Quando o PIB cai muito em um ano e começa a crescer no período seguinte, de uma base muito baixa comparada com a média do ano anterior, o crescimento fica pequeno”, disse Meirelles.

O ministro afirmou esperar que a economia cresça 2,4% no último trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2016.

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“As famílias e as empresas pagaram suas dívidas, é um processo penoso, mas é resultado da crise, já estamos passando para um segundo processo, de voltar a tomar empréstimo, financiar consumo, investimento e crescer”, afirmou.

Segundo ele, a queda do nível de endividamento das empresas e das famílias é um indicativo de que o Brasil está deixando a crise para trás. “O endividamento das empresas sobre o patrimônio líquido atingiu pico no início de 2016 e foi caindo ao longo do ano, isso é muito importante, é uma pré-condição para o país voltar a crescer, para voltarem a tomar empréstimo e crescer.”

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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