Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Minha casa, minha fábrica: decoração com estilo industrial está em alta

A forte tendência é inspirada nos galpões de artistas americanos dos anos 1970

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h50 - Publicado em 14 Maio 2021, 06h00

Ao entrar hoje em um apartamento de alto padrão em Nova York ou Berlim, mas também em São Paulo e no Rio de Janeiro, não será incomum deparar com uma parede de tijolos sem reboco, tubulações metálicas à mostra e móveis feitos com pranchas de madeira de demolição. Não é desleixo — trata-se da mais forte tendência de design de interiores, que incorpora as imperfeições do ambiente para decorar a casa. O estilo, batizado de industrial, bebe dos balcões fabris para buscar suas referências.

ACONCHEGO - Projeto do FGMF: madeira rústica e tubulação à mostra -
ACONCHEGO - Projeto do FGMF: madeira rústica e tubulação à mostra – (./Divulgação)

O modismo chegou aos lares inspirado na atual geração de hamburguerias, barbearias e escritórios de startups, afeitos a exibir ares de novidade, mas nem sempre com orçamento suficiente para bancar grandes obras e acabamento de ponta. Daí a necessidade de adaptar a obra com o que estiver à mão. Em pouco tempo, irradiou-se para os fabricantes especializados em decoração. Há em São Paulo, por exemplo, a Prototyp&, e opções internacionais como a Steel Vintage, na Inglaterra, e a Go Home, nos Estados Unidos. As redes Tok&Stok e Leroy Merlin também surfam a onda. Um levantamento realizado pela rede social de compartilhamento de fotos Pinterest, a pedido de VEJA, traz uma visão do sucesso: a busca por referências para quartos com esse perfil cresceu 187%; para fachadas de casa, 345%; e iluminação, 800%, em comparação com doze meses atrás. “Em tempos de home office o estilo industrial ganhou ainda mais força por combinar com o aspecto de escritório”, diz Victor Noda, CEO da Mobly, loja de decoração com forte presença on-line.

Não é, ressalve-se, uma invenção dos nossos tempos. O formato é uma linha evolutiva das reformas de grandes galpões em Nova York, nos Estados Unidos, em meados dos anos 1970. Ali, onde anteriormente funcionavam depósitos e outros tipos de dependência industrial ferida pela crise econômica, brotaram inovações. Com o vazio e a iminente demolição de imóveis, grupos de artistas passaram a ocupar os espaços, com novas ideias. A mais célebre das empreitadas foi a do artista plástico Andy Warhol (1928-1987), o gênio irrequieto da pop art, que inaugurou a The Factory. O ambiente fazia as vezes de lar, salão de festas e ateliê – palco de encontros culturais que mexeram com corações e mentes de toda uma geração. “Desde então, locações com esse visual, aparentemente cru, carregam uma impressão de intelectualidade, por abrir espaço para experimentações”, diz a coordenadora do curso de design de interiores no Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo, Sueli Garcia. Os especialistas alertam, no entanto, que, para funcionar, é fundamental pensar no estilo industrial como uma forma de adaptação do espaço, e não como um modelo pronto a ser copiado. “Uma parede estilizada ou um bom móvel de madeira rústica já dão a aparência fabril, sem deixar o ambiente datado”, diz o arquiteto Fernando Forte, do escritório FGMF, em São Paulo. Num momento em que muitas pessoas trabalham em casa, a tendência faz todo o sentido.

Publicado em VEJA de 19 de maio de 2021, edição nº 2738

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.