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Mesmo com duas quedas seguidas, setor de serviços fecha 2024 com alta de 3,1%

O segmento, considerado motor do PIB brasileiro, registrou retração de 0,5% em dezembro, segundo o IBGE

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 fev 2025, 12h07 - Publicado em 12 fev 2025, 09h34

Principal motor da economia e responsável por quase 70% do PIB, o setor de serviços no Brasil registrou queda de 0,5% em dezembro, marcando o segundo mês consecutivo de recuo e acumulando perda de 1,9% no período. Apesar disso, na comparação com dezembro de 2023, houve crescimento de 2,4%, consolidando o nono resultado positivo seguido.

No acumulado do ano, o segmento avançou 3,1%, garantindo o quarto ano consecutivo de expansão. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Mesmo com a queda recente, o setor ainda se encontra 15,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e apenas 1,9% abaixo do recorde da série histórica (outubro de 2024).

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca que o resultado acumulado para 2024 completa o quarto ano consecutivo de taxas anuais positivas, algo que nunca havia ocorrido na série histórica, iniciada em 2012. “Isso dá um acumulado de crescimento entre 2021 e 2024 de 27,4%, mas cada ano traz uma história distinta”, pontua.

O crescimento de 3,1% do setor de serviços em 2024 foi puxado por quatro segmentos, com destaque para informação e comunicação (6,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (6,2%). No primeiro grupo, as telecomunicações e os serviços de tecnologia da informação (TI) impulsionaram o desempenho.

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No segmento profissional, administrativo e complementar, os principais motores do crescimento foram a publicidade digital, o aumento no recebimento de precatórios nas atividades jurídicas e a intermediação de negócios por meio de aplicativos e plataformas de e-commerce.

Por outro lado, o setor de transportes registrou desempenho negativo, impactado pela menor receita do transporte rodoviário de cargas, reflexo da queda na safra de 2024, que reduziu o volume de fretes.

Resultado de dezembro

A queda de 0,5% no volume de serviços em dezembro de 2024 foi impulsionada por quedas em três dos cinco segmentos analisados. O maior impacto negativo veio de “outros serviços”, que caíram 4,2%, a maior diminuição desde janeiro de 2023 (-11,2%). Segundo Lobo, esse resultado foi motivado pela menor receita de administração de cartões e pela redução na demanda por manutenção de veículos no período de recesso.

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Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e informação e comunicação (-0,7%) também registraram queda. No lado positivo, os serviços prestados às famílias cresceram 0,8%, acumulando alta de 7,8% entre maio e dezembro, e o setor de transportes registrou leve avanço de 0,1%.

O setor de turismo teve desempenho positivo em dezembro, com alta de 2,8% em relação a novembro, alcançando um nível 14,6% acima do patamar pré-pandemia. No acumulado do ano, o turismo cresceu 3,5%. Entre os estados, São Paulo (4,1%), Rio de Janeiro (1,4%) e Bahia (11,3%) lideraram o crescimento do segmento.

O transporte de passageiros também registrou avanço de 0,9% em dezembro, após queda de 6,3% no mês anterior. No acumulado do ano, o setor teve alta de 2,8%. Já o transporte de cargas caiu 1,3% em dezembro, acumulando perda de 2,7% nos últimos dois meses de 2024. Apesar da retração recente, o segmento ainda está 31,8% acima do nível pré-pandemia.

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