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Mercado tem dia de alívio, mas mantém guarda alta com guerra comercial

Ativos de renda variável e mercado de câmbio têm leve respiro em meio às tarifas comerciais da China em retaliação aos EUA

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 abr 2025, 17h58 - Publicado em 11 abr 2025, 17h39

O mercado brasileiro oscilou durante os últimos dias marcado pelo vaivém na agenda de tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a mais de uma centena de países ao redor do mundo. Nesta sexta-feira, 11, porém, o movimento foi de alívio, com investidores reduzindo posições defensivas e buscando mais ativos de risco. 

No fim do pregão, o dólar teve queda de 0,5%, aos 5,87 reais. Apesar disso, na semana, a moeda americana teve alta de 0,6% ante o real. Já o Ibovespa terminou a sessão com avanço de 1%, aos 127.682 pontos, enquanto, na semana, subiu 0,3%.

No pano de fundo, a escalada do conflito entre Estados Unidos e China em torno das tarifas comerciais recíprocas continua a ditar o rumo do mercado, com investidores cada vez mais sensíveis às decisões, dado que os dois gigantes vêm aplicando sucessivas taxas para mostrar seu descontentamento com o andamento das negociações comerciais.

Para Christian Iarussi, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital, a tensão global aumentou após a China anunciar um aumento de tarifas sobre produtos americanos, de 84% para 125%, como resposta às medidas protecionistas mais recentes adotadas por Washington.

“Apesar disso, o governo chinês sinalizou que não pretende mais igualar novas elevações tarifárias americanas, indicando possível disposição para encerrar o embate”, diz o especialista. “Ainda assim, fica claro que a insegurança persiste e mantém o mercado volátil.”

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No Brasil, os investidores acompanharam a divulgação dos dados de inflação — não tão animadores. Após o salto de 1,31% em fevereiro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu fôlego em março, mas ainda veio forte: o IPCA marcou uma inflação de 0,56% no mês.

O indicador foi puxado especialmente pelos alimentos, que voltaram a pesar no bolso da população. À primeira vista, o resultado do mês veio levemente acima do consenso, que era de 0,54%. No entanto, o índice acumula alta de 5,48% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Inicialmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga o IPCA, informou que esse era o maior patamar do índice para um mês de março desde 2003, há 22 anos. Depois da divulgação, no entanto, o instituto corrigiu a informação, dizendo que é o maior índice para o mês desde 2023. Há dois anos, os preços subiram 0,71% no terceiro mês do ano.

 

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