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Mercado reduz projeção de alta do PIB e vê inflação maior neste ano

Greve dos caminhoneiros teve impacto nas previsões; crescimento da economia caiu de 1,94% para 1,76% e a inflação subiu de 3,82% para 3,88%

Por Redação
Atualizado em 18 jun 2018, 10h01 - Publicado em 18 jun 2018, 09h08

As projeções de crescimento da economia brasileira para este ano seguem em declínio ao mesmo tempo em que as expectativas são de aumento da inflação, conforme Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central.

Os economistas do mercado financeiros começaram a rever suas projeções devido ao impacto da greve dos caminhoneiros, que provocou o desabastecimento em todo o país e, consequentemente, teve reflexo direto nos preços de alguns produtos, como combustíveis e alimentos.

As perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) apontam para aumento de 1,76% neste ano, ante 1,94% previstos na semana passada. Para 2019, a estimativa também foi reduzida de 2,80% para 2,70%.

A previsão de inflação para este ano subiu de 3,82% para 3,88%. Há quatro semanas, o mercado previa um IPCA (índice que mede a variação de preços e a inflação oficial no Brasil) de 3,50%. Para 2019, a estimativa foi ampliada de 4,07% para 4,10%.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está próxima do piso da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3% a 6%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).

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Conforme o BC, os preços administrados foram elevados a 6,16% neste ano. Antes estavam em 6%. Os economistas também ampliaram a previsão para o dólar de 3,50 reais no fim de 2018 para 3,63 reais. E para 2019 subiu para 3,60, ante 3,50 anterior. Vale destacar que na semana passada o Banco Central realizou intervenções extras no mercado e conseguiu segurar a cotação da moeda americana, que vinha em trajetória de alta. As ações da autarquia monetária devem continuar nesta semana.

Para os economistas, a Selic deve ficar em 6,5% neste ano. Para 2019, a expectativa foi mantida em 8%.

 

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