Mercado reduz estimativas de inflação e já projeta IPCA perto do teto da meta

Projeção do IPCA, índice que mede a inflação oficial do país, caiu de de 4,70% para 4,56%, aponta o Boletim Focus desta segunda-feira

Por Camila Pati SEGUIR SEGUINDO 27 out 2025, 09h02 •

Governo registra superávit primário e dívida pública recua em janeiro de 2025, segundo o Banco Central — Copom se reúne no começo de novembro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Boletim Focus desta segunda-feira, 27, trouxe novo alívio nas expectativas de inflação. Para 2025, a projeção do IPCA caiu de 4,70% para 4,56%, se aproximando do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta é 3%, como limite de tolerância até 4,5% ao ano.

As estimativas do mercado financeiro para o IPCA também recuaram para os anos seguintes: de 4,27% para 4,20% em 2026 e de 3,83% para 3,82% em 2027. O boletim é uma pesquisa semanal do Banco Central e traz as medianas das projeções dos analistas do mercado financeiro para os principais dados da economia brasileira,

No crescimento econômico, as revisões foram marginais. O mercado passou a ver o PIB de 2025 em alta de 2,16% (ante 2,17%) e o de 2026 em 1,78% (antes 1,80%). Para 2027, houve ligeira melhora, de 1,82% para 1,83%.

O câmbio teve ajustes concentrados em 2025: a previsão para o dólar caiu de R$ 5,45 para R$ 5,41. As projeções para 2026 (R$ 5,50) ficam estáveis e, para 2027, variam de R$ 5,51 para R$ 5,50.

As expectativas para a Selic seguem inalteradas ao longo de toda a curva: 15% no fim de 2025, 12,25% em 2026 e 10,50% em 2027. As próximas reuniões do Comitê de Política Monetária para definir o futuro dos juros no Brasil ocorrem nos dias 4 e 5 de novembro e 9 e 10 de dezembro.