Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Mercado projeta alta no IPCA pela 8ª semana e prevê melhora no PIB

Apesar da previsão de inflação no Boletim Focus estar abaixo da meta, preços de alimentos continuam a subir; Economia deve ter recessão de -5,02% este ano

Por Larissa Quintino Atualizado em 5 out 2020, 09h47 - Publicado em 5 out 2020, 09h16

A projeção da inflação continua a subir, refletindo o impacto da alta dos preços no país, que passaram a acelerar com a retomada das atividades econômicas e o aquecimento do consumo. Pela oitava semana seguida, analistas do mercado financeiro revisaram para cima a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 5, a inflação deve encerrar o ano em 2,12%, acima do previsto na semana passada, 2,05%. O valor segue abaixo da meta definida pelo governo, de 4% neste ano, e também abaixo da tolerância da meta, que varia entre 2,50% e 5,50%. No entanto, as revisões consecutivas alertam a pressão inflacionária na retomada da economia.

Apesar de sete semanas seguidas de revisão para cima, com a alta sentida principalmente em itens de cesta básica, o que faz com que a previsão para a inflação se mantenha bem comportada é o relativo controle dos preços nos núcleos. Gastos relacionados a serviços e educação estão menos voláteis, reflexo da desaceleração provocada pela pandemia, mesmo com a retomada gradual das atividades em todo o país.  Em abril e maio, período mais agudo da crise provocada com a pandemia, com o fechamento de atividades não essenciais, houve deflação. Com a reabertura das atividades e a injeção de recursos transferidos pelo auxílio emergencial, a demanda aumentou e houve aceleração em alguns custos. A inflação oficial de setembro, será divulgada pelo IBGE na sexta-feira, 9.

Além da alta projetada para a inflação, analistas do mercado estimam melhora no desenvolvimento da economia melhora semana após semana. Segundo os economistas consultados pelo Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve fechar o ano em -5,02%, contra -5,04% na semana passada. Com as melhoras consecutivas na projeção, a cada semana fica mais claro que a fase mais aguda da crise provocada pelo coronavírus ficou para trás na economia e o desafio é o aquecimento e recuperação sustentável pós-pandemia.

Após 18 semanas de revisões para baixo, acompanhando a escalada do novo coronavírus no Brasil, as projeções do PIB  que chegaram a -6,54%, passaram por estabilização em junho e as previsões do PIB passaram a melhorar em julho e agosto com a reabertura gradual das atividades. Os dados do Focus não indicam uma recuperação em “V”, jargão econômico para mostrar uma volta rápida, mas, mesmo com a revisão desta semana, há indicativo de recuperação da economia, mesmo que lenta. Alguns setores, entretanto, mostram retomada mais rápida, como o comércio, beneficiado diretamente pelo auxílio emergencial.

ASSINE VEJA

O novo perfil que Bolsonaro quer para o STF
O novo perfil que Bolsonaro quer para o STF Leia nesta edição: os planos do presidente para o Supremo. E mais: as profundas transformações provocadas no cotidiano pela pandemia ()
Clique e Assine

Vale salientar, porém, que a recessão é significativa e atinge o país no ano em que se esperava uma reação da economia, que dava sinais de recuperação da crise vivida entre 2015 e 2016. No início do ano, a expectativa do mercado financeiro era de que a economia brasileira crescesse 2,3%, acima dos desempenhos de 2017 e 2018 (+1,3%) e 2019 (1,1%).

Continua após a publicidade

A expectativa do mercado para projetar o crescimento da economia para os próximos anos, é a retomada da agenda reformista. Incertezas sobre o andamento das pautas, como a reforma tributária a e proposta de um imposto sobre transações para financiar a desoneração da folha de pagamento, bem como a fonte dos recursos para bancar o Renda Cidadã, programa que visa aumentar o bolsa família, podem gerar incerteza. Atualmente, a previsão do PIB para 2021 e 2022 continua estável em 3,50% e 2,5%.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.