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Mercado sobe projeção de inflação para 2025 pela 14ª semana seguida

Boletim Focus mostra que pressão inflacionária também é esperada para o próximo ano, aproximando projeção do teto da meta

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jan 2025, 09h33 - Publicado em 20 jan 2025, 09h21

Analistas de mercado consultados pelo Banco Central voltaram a subir a perspectiva da inflação. Segundo dados compilados pelo Boletim Focus e publicados nesta segunda-feira, 29, os economistas projetam que o IPCA, índice oficial de inflação do país, feche este ano em 5,08%, 2,08 pontos acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional,  e 0,58 ponto acima do teto da meta, na 14ª semana consecutiva de revisão.

A pressão inflacionária também é esperada para o próximo ano. Os analistas projetam o IPCA em 4,19% em 2026. Para 2027, a estimativa de 3,90% foi mantida para o IPCA.

A previsão para o PIB em 2025 também foi revisada para cima. Analistas projetam que a economia vá avançar 2,4%, mas ainda assim o resultado representa uma  desaceleração em relação a 2024, quando o país cresceu acima de 3%. A desaceleração deve continuar pelo menos até 2026, segundo os analistas consultados. A previsão para o crescimento do PIB no ano que vem foi revisada para baixo, de 1,80%, na semana passada, para 1,77%.

Para as outras variáveis, os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram as estimativas da semana passada. A expectativa é que o câmbio termine o ano na casa dos 6 reais, a taxa de juros suba para 15% neste ano. O resultado oficial do PIB será divulgado no dia 7 de março pelo IBGE.

Por que a inflação estourou o teto da meta?

O Brasil enfrenta mais um período de descumprimento da meta de inflação, repetindo o cenário de 2024. Em carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, explicou que a inflação acima do limite de tolerância no ano passado foi resultado de vários fatores: crescimento econômico acelerado, desvalorização do real, problemas climáticos e uma persistência da inflação acumulada de anos anteriores. Ele também apontou que questões internas, como problemas fiscais, agravaram a situação.

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Para 2025, o país adota uma nova forma de monitorar a meta de inflação, chamada meta contínua. Agora, a inflação será considerada fora da meta se ultrapassar os limites por mais de seis meses seguidos, alinhando-se a práticas internacionais. Até então, o Brasil verificava o cumprimento da meta apenas no fim do ano, em dezembro.

Ainda não se sabe muito bem como isso irá afetar a rigidez e a as expectativas sobre o controle da inflação no país, mas o fato é que, mesmo que as metas contínuas estivessem válidas desde sempre, o Brasil também teria ido mal na prova. Um levantamento feito por VEJA contou que, dos 307 meses de vida do regime de metas até aqui, em 133 o IPCA ficou rodando acima do teto vigente. É o equivalente a um terço de todo o período (37%) com a inflação mais alta do que o limite definido como tolerável.

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