Mercado financeiro eleva a previsão do PIB para 0,92% em 2019
De acordo com Boletim Focus, economia deve crescer menos do que em 2017 e 2018; inflação deve encerrar o ano em 3,29%
Economistas consultados pelo Banco Central voltaram a elevar a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. A revisão foi ligeira, de 0,01 ponto porcentual, passando de 0,91% para 0,92%. Porém, é a terceira semana consecutiva em que analistas do mercado financeiro elevam a estimativa para a economia. Os dados estão no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 4.
Apesar da melhora, a previsão do PIB para 2019 ainda é menor que o resultado dos últimos dois anos: em 2017 e 2018, a economia brasileira cresceu 1,1%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país. Para 2020, o mercado financeiro manteve a projeção de crescimento de 2% na economia.
Este é o primeiro relatório após a divulgação do novo corte da taxa básica de juros da economia, a Selic, que caiu de 5,5% para 5% na semana passada, atingindo o menor patamar da história. Analistas do mercado, no entanto, mantiveram a previsão para a Selic, de 4,5% ao ano ao fim de 2019. No comunicado da redução da taxa, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que deve cortar a taxa de juros em mais 0,5 ponto percentual em dezembro para estimular a retomada da economia, que continua com alto grau de ociosidade.
Inflação e câmbio
O mercado financeiro manteve a estimativa da inflação para este ano. Segundo o Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 3,29%. A expectativa segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4%, tendo tolerância entre 2,5% e 5,5%.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em 4 reais por dólar. Na sexta-feira, a moeda americana fechou abaixo deste valor, sendo vendida a 3,99 reais. Para o fechamento de 2020, a previsão continuou estável em 4 reais por dólar.