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Mercado de seguros contra ataques cibernéticos cresce 11 vezes no Brasil desde 2019

Explosão dos crimes digitais leva as empresas a buscar proteção contra prejuízos decorrentes de fraudes cada vez mais sofisticadas

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 ago 2025, 11h16 - Publicado em 26 ago 2025, 10h10

O mercado de seguros contra ataques cibernéticos disparou nos últimos anos no Brasil, puxados pelo preocupação das empresas em se precaver contra eventuais prejuízos. Em 2019, as apólices que cobriam esse tipo de ocorrência somaram 21,4 milhões de reais. No ano passado, a cifra alcançou 237,5 milhões de reais – um salto de onze vezes, segundo um relatório da corretora de resseguros Guy Carpenter com base em dados coletados no mercado.

O interesse continua em alta em 2025. Apenas no primeiro trimestre, o total de prêmios dos seguros contra crimes digitais chegou a 66,3 milhões de reais. No setor de seguros, o prêmio corresponde ao valor pago pelo segurado para ter direito à proteção prevista no contrato. De acordo com a Guy Carpenter, as seguradoras que mais se destacam no país na cobertura contra crimes cibernéticos são a AIG, a Zurich e a Tokio Marine. No ano passado, essas três companhias concentraram 81% das apólices emitidas nessa área.

Ainda segundo a Guy Carpenter, 72,5% dos prêmios gerados em 2024 foram repassados para as resseguradoras, que atuam como as seguradoras de outras seguradoras, o que ajuda a reduzir os riscos em casos de coberturas de elevado valor. ““Com o aumento dos ataques cibernéticos no Brasil, as organizações estão buscando soluções para proteger informações críticas e garantir continuidade operacional de seus negócios”, afirma Pedro Farme, executivo-chefe da Guy Carpenter.

Segundo a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), o número de fraudes digitais disparou 45% no ano passado no Brasil, somando 5 milhões de ocorrências. Os golpes bancários estão entre os tipos que mais cresceram, apesar dos investimentos em segurança digital realizados pelas instituições financeiras, que somaram 4,7 bilhões de reais em 2024. As perdas com fraudes envolvendo o Pix, o sistema de pagamento instantâneo mantido pelo Banco Central, por exemplo, cresceram 70% no ano passado para quase 5 bilhões de reais.

Para piorar, o avanço da inteligência artificial também torna os ataques cibernéticos mais sofisticados. Segundo um estudo recente da gigante americana de telecomunicações Verizon, o número de casos envolvendo o uso de IA dobrou no último ano. A pesquisa mostra que, na América Latina, as principais estratégias dos criminosos são a invasão de sistemas, a engenharia social – na qual a vítima é induzida a realizar ações voluntariamente em favor dos golpistas – e os ataques a aplicações da web.

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Além disso, a imagem romantizada de jovens hackers que violam sistemas apenas para expor verdades inconvenientes de grandes corporações é cada vez mais apenas um enredo de cinema. De acordo com a Verizon, 84% dos ataques visam ganhos financeiros dos bandidos.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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