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Mercadante defende investimento estatal e ‘inovação’ nas questões fiscais

Presidente do BNDES diz que Brasil tem janela de oportunidades para se posicionar como líder na transição energética e propõe um "Desenrola" para empresas

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 out 2023, 09h44

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse neste sábado, 14, que o investimento de bancos públicos é fundamental para que o Brasil consiga se posicionar de fato como líder da questão climática, com políticas de reindustrialização voltadas à questão energéticas. As declarações foram dadas durante um painel do Fórum Internacional do Grupo Esfera, em Paris.

Segundo Mercadante, o país vive uma janela de oportunidades inéditas, com posição de protagonismo em entidades internacionais como o Conselho de Segurança da ONU, o G20 e os Brics — grupos de liderança rotativa em que o Brasil assume o comando neste ano. O presidente do BNDES pontuou que o país está no centro do desafio climático e, por isso, precisa ter mais ambição para apresentar soluções a estes desafios. “Não há saída desta crise sem um papel relevante dos bancos públicos. A crise energética é inadiável”, afirmou.

Apontado por muitas vezes como oposição ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dentro da ala econômica do governo, Mercadante elogiou o ambiente macroeconômico e mudanças recentes promovidas pela Fazenda, como mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para a volta do voto de qualidade, como a retirada da multa em caso de empate. O presidente do BNDES, no entanto, disse que é preciso de mais “inovação” na questão fiscal para poder destravar o investimento no Brasil.

“Nós não podemos achar que toda a liquidez internacional vai financiar o Brasil”, disse.  “Nós precisamos inovar. Uma parte que dá para recuperar, ótimo. Outra parte precisa dar um desconto significativo e transformar esse passivo fiscal. tirar do balanço das empresas e transformar em investimento na transição energética para o Brasil andar para frente. E na ponta terá que investir nas prioridades públicas”. Segundo ele, a proposta é implantar um “Desenrola investimentos”. “É algo que está sendo coordenado pela Fazenda, mas nós estamos ajudando a formular”.

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