ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Mais da metade das empresas se acha preparada contra choques externos

Quase 70% das empresas esperam um desempenho positivo em 2025, mas mais da metade teme que a carga tributária e a inflação atrapalhe, diz IBGC

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 fev 2025, 15h37 - Publicado em 14 fev 2025, 15h27

Mais da metade das empresas brasileiras afirma que está preparada para lidar com choques externos nos próximos doze meses. A constatação é da segunda edição da pesquisa “Perspectiva dos Conselheiros e Executivos – Ambiente de Negócios e Governança Corporativa”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). De acordo com o estudo, 53,6% das empresas participantes avaliaram como “positiva” a sua capacidade de se antecipar ou se adaptar a choques; 38,4% declararam uma visão “neutra” sobre o tema; e apenas 8% mostraram-se pessimistas sobre como lidar com isso.

Quando se considera o porte das companhias, o IBGC constatou que as menos confiantes são as que faturam entre 300 milhões de reais e 1 bilhão por ano. Esta é a única faixa em que a visão positiva não alcança, pelo menos, 50% das participantes. Apenas 44,3% delas declararam-se aptas a lidar com mudanças bruscas de cenário, um percentual próximo das 41% que se declararam neutras. O recorte concentra também a maior parcela de pessimistas com 14,7%.

Entre as companhias com faturamento anual de 100 milhões a 300 milhões de reais, encontra-se a maior taxa de otimistas: 59,6% das respondentes acreditam estar à altura de qualquer choque nos próximos doze meses. No extrato com faturamento acima de 1 bilhão de reais, o percentual é de 57,4%.

Segundo o IBGC, as dificuldades financeiras são a principal razão das empresas que se mostraram pessimistas quanto à resiliência diante de problemas futuros. Outros fatores são relacionados a características das próprias estruturas de comando, como o conservadorismo do conselho de administração e da diretoria executiva e a lentidão nos processos de tomada de decisão.

A pesquisa ouviu 349 profissionais que ocupam postos de comando em suas organizações, dos quais, 182 são membros de conselhos de administração e 167 estão na diretoria executiva. Duzentos e vinte e nove participantes atuam em empresas de capital fechado; 54, em companhias listadas na Bolsa; 32 pertencem a organizações do terceiro setor.

Continua após a publicidade

Considerando-se que a maioria das empresas declara que está apta a lidar com choques externos, não é difícil de entender por que 69,9% delas acreditam que apresentarão um desempenho positivo nos próximos doze meses. Outros 25,8% projetam um desempenho neutro, e apenas 4,3% creem que terão um ano ruim. A carga tributária é apontada por 58,7% dos participantes como o principal fator que pode ameaçar os negócios nos próximos meses, à frente da inflação (50,1%) e da corrupção (32,4%).

Quase 90% das empresas quer melhorar governança, segundo o IBGC

O IBGC também verificou como anda a disposição das empresas em melhorar sua governança corporativa. Dos 349 entrevistados, 86,8% consideraram “provável” ou “muito provável” que as companhias que comandam passem por melhorias na governança nos próximos 12 meses.

Para 43,6% dos participantes, os focos mais prováveis de aprimoramento serão as estruturas e os processos pertinentes ao conselho de administração. Já 41,3% apontaram questões de compliance e integridade. O levantamento também mostra que as incertezas sobre os custos e benefícios decorrentes da governança corporativa são o principal fator que dificulta o avanço nessa área, segundo também 41,3% dos entrevistados.

Trinta e um por cento responderam que o maior empecilho é a avaliação de grupos influentes dentro de suas companhias de que a governança já alcançou um nível satisfatório, o que dispensaria a necessidade de novos aprimoramentos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.