Magda Chambriard não participa de reunião do Conselho da Petrobras
Principal ponto debatido pelo Conselho de Administração foi a política de preços da Petrobras

A reunião do conselho de administração da Petrobras, realizada nesta quarta-feira, 29, foi marcada por ausências. Magda Chambriard, presidente da estatal, não participou, pois estava em Brasília em um compromisso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, antecipou seus votos sobre as pautas secundárias. Pietro Mendes, presidente do conselho, também deixou a reunião mais cedo para acompanhar um outro encontro, enquanto o conselheiro Rafael Dubeux ficou de fora.
Com duração de aproximadamente cinco horas, o encontro teve como principal ponto de discussão a política de preços da Petrobras. Um relatório apresentado durante a reunião mostrou que os preços dos combustíveis estão em linha com a estratégia comercial para 2024, embora o mercado continue instável, gerando uma pressão crescente pela necessidade de ajustes. Vale lembrar que, embora o conselho tenha discutido o tema, não tem poder para alterar os preços, função que cabe à gestão da empresa.
O foco dos conselheiros foi assegurar que a política de preços, definida em maio de 2023, fosse cumprida. Essa política, que aboliu o alinhamento dos preços com a paridade de importação (PPI), segue sendo a diretriz da Petrobras.
Ainda que o conselho não tenha feito modificações, a expectativa no mercado continua a crescer. No início da semana, Magda Chambriard indicou que o reajuste no preço do diesel seria iminente. A previsão é que o aumento varie entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro. No entanto, a gasolina e o gás de cozinha devem seguir sem alterações por ora.
Vale destacar que o preço do diesel não sofre reajustes há 399 dias. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que há 91 dias a janela para importação do combustível está fechada. Recentemente, a defasagem do diesel tem diminuído, especialmente devido ao recuo do dólar, que tem influenciado diretamente os preços. Na terça-feira, 28, o dólar fechou a R$ 5,89, e o barril de petróleo caiu para US$ 76,49, continuando sua trajetória de queda. Na quarta-feira, 29, o petróleo se manteve em US$ 75,98 o barril.
De acordo com os cálculos da Abicom, para que a Petrobras atinja a paridade com os preços internacionais, um aumento de R$ 0,55 por litro no diesel e de R$ 0,24 por litro na gasolina seria necessário.