Lula cita Chico Mendes para defender fundo global de preservação de florestas tropicais
"Os serviços ecossistêmicos que prestam para a humanidade precisam ser remunerados", disse o presidente
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Atualizado em 6 nov 2025, 15h09 - Publicado em 6 nov 2025, 15h01
Em almoço com líderes globais para promover o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), o presidente Lula disse que as matas nativas preservadas deveriam ser consideradas no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) dos países. “Os serviços ecossistêmicos que prestam para a humanidade precisam ser remunerados, assim como as pessoas que protegem as florestas”, disse Lula. Ele afirmou também que “os fundos verdes e climáticos internacionais não estão à altura dos desafios que a mudança climática nos coloca”.
Lula fez uma breve explicação do funcionamento do fundo, que será administrado interinamente pelo Banco Mundial: “O TFFF não é baseado em doação. Seu papel será complementar aos mecanismos que passam. Os investimentos serão pagos pela redução de emissões de gás de efeito estufa. O portfólio vai se diversificar em ações e títulos. Os lucros gerados serão repartidos entre os países de florestas tropicais e os investidores.”
Segundo Lula, a meta é que cada país possa receber até 4 dólares por hectare preservado. Mais de 70 países em desenvolvimento seriam elegíveis para receber parte dos recursos.
Para encerrar, Lula citou o seringalista Chico Mendes, assassinado em 1988: “Como nos disse o ambientalista brasileiro Chico Mendes, dizia ele, no começo pensei que estava lutando para salvar as seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a floresta amazônica, agora percebo que estou lutando para salvar a humanidade.”
O governo brasileiro espera atrair 25 bilhões de dólares em investimentos soberanos para viabilizar o TFFF.
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