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Lira defende autonomia do BC após falas de Lula contra Campos Neto

Presidente da Câmara dos Deputados defendeu a lei e disse que, junto a reformas e ao arcabouço fiscal, serviu para 'evitar retrocessos'

Por Luana Zanobia Atualizado em 18 jun 2024, 18h09 - Publicado em 18 jun 2024, 15h53

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta terça-feira, 18, a autonomia do Banco Central horas após o presidente Lula criticar a autarquia, acusando o presidente do BC, Roberto Campos Neto, de ter um “lado político”.

O discurso inflamado de Lula acontece às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidir,á na quarta-feira, sobre a taxa de juros, a Selic. A expectativa do mercado é pela manutenção dos juros em 10,5%, um nível considerado elevado e que desagrada o governo.

“A autonomia do Banco Central aumentou a credibilidade da nossa política monetária. O nosso arcabouço fiscal e a reforma tributária racionalizam a nossa política fiscal”, defendeu Lira em evento promovido pela CNN Brasil, que reuniu representantes do governo e do setor privado para discutir estratégias de aceleração do crescimento econômico do Brasil. Ele destacou que a aprovação da autonomia do BC foi uma das medidas significativas de sua gestão na Câmara, com o objetivo de “impedir retrocessos”.

O discurso de Lira soou como uma resposta às críticas de Lula, feitas em sua entrevista para a rádio CBN na manhã desta terça. Lula afirmou que o único aspecto “desajustado” no país é o Banco Central, ironizando a autonomia de Campos Neto e sugerindo que as decisões do BC são influenciadas politicamente. Campos Neto foi nomeado presidente do BC por Jair Bolsonaro (PL) e recentemente se reuniu com Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro, o que intensificou ainda mais as críticas de Lula.

Desde o início do governo, tem havido um conflito constante sobre a política monetária do Banco Central. Esta não é a primeira vez que Lula critica o BC, e as declarações voltaram a se intensificar nos últimos dias, após o consenso do mercado indicar que o BC deve manter os juros inalterados nesta reunião. A piora no cenário fiscal tem sido um dos maiores catalisadores da elevação nas expectativas inflacionárias. O discurso de Lula a favor de aumentar os gastos gerou uma nova escalada no dólar e aumentou as incertezas fiscais.

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