Justiça suspende demissões de professores da Metodista
Justiça dá 5 dias de prazo para a Metodista informar os nomes dos demitidos e esclarecer o que motivou cada uma das dispensas
A 8ª Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo suspendeu as 66 demissões de professores realizadas pela Universidade Metodista de São Paulo. Os docentes foram desligados em dezembro, segundo o Sindicato dos Professores de Santo André (Sinpro ABC).
A decisão em caráter liminar foi dada na ação civil pública ajuizada pelo Sinpro ABC. Dos demitidos, 50 eram professores do ensino superior e 16 da educação básica. O sindicato informa que os cursos mais atingidos pelos cortes são os de Administração, Psicologia, Ciências da Religião e Comunicação.
Na decisão, a juíza Valéria Pedroso de Moraes dá 5 dias de prazo para a Metodista informar os nomes dos demitidos e esclarecer o que motivou cada uma das dispensas. A juíza também condiciona que possíveis novas demissões sejam negociadas com o sindicato e sejam previamente comunicadas.
Procurada, a Metodista informou que não foi intimada oficialmente até o momento e que se pronunciará sobre o caso quando isso ocorrer.
ainda não se manifestou sobre a decisão. No fim de 2017, várias universidades demitiram professores – caso da Estácio e Fundação Cásper Líbero.
Para os sindicatos de professores, as demissões são consequência da reforma trabalhista, em vigor desde novembro, que permite a contratação pelo regime intermitente – somente quando há necessidade, sem exigência de pagamento de um valor mínimo.
O Sinpro ABC pediu também a readmissão dos professores demitidos, pagamento dos salários atrasados e abstenção de novas demissões coletivas.