Juros do cartão de crédito e cheque especial têm nova alta em março
Taxa do cheque fechou o mês em 323% ao ano e a do rotativo do cartão, em 299,5%, segundo o Banco Central; é o quinto aumento consecutivo
Consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram o cheque especial pagaram juros mais altos em março de 2019, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira, 26.
No caso do cheque especial, a taxa foi de 317,9% ao ano, em fevereiro, para 322,7% ao ano, em março. Já os juros do cartão de crédito passaram de 295,5% ao ano, em fevereiro, para 299,5% ao ano, em março. Foi a quinta alta seguida em ambas as taxas. A última queda registrada foi em outubro do ano passado, quando a taxa do rotativo fechou em 275,7% ao ano e do cheque especial, em 300,4%.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de noventa dias, permaneceu em 4,7% para pessoas físicas e em 2,8% para as empresas. Os dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.
As regras do cheque especial mudaram no ano passado. Os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante trinta dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menor que a do cheque especial definida pela instituição financeira.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura trinta dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.
Segundo o BC, as taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal, por exemplo, ficou em 123,7% ao ano em março, já o crédito consignado chegou a 23,6% ao ano. No crédito consignado, o pagamento é feito direto na folha de pagamento do pagador, seja de empresa ou na aposentadoria.
O saldo de todas as operações de crédito do Sistema Financeiro chegou a 3,267 trilhões de reais, com alta de 0,7% no mês e de 0,3% no ano. Em relação a tudo o que o país produz – o produto interno bruto (PIB) –, o crédito permaneceu em 47,1%.
(Com Agência Brasil)