Juro do cheque especial vai a 134% em agosto, e taxa do rotativo fica em 427% ao ano
No caso do crédito pessoal, taxas de juros estão ficando menores no consignado, mas mais altas para os demais clientes, mesmo com a inadimplência caindo
A taxa de juros do cheque especial subiu em agosto e é a mais alta em mais de um ano, de acordo com os dados do mercado de crédito divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Banco Central. Em agosto, os juros médios cobrados em agosto pelos bancos no cheque especial estava em 134,3% ao ano, a maior desde junho do ano passado (134,6%). Em julho era 131,6% e, em agosto de 2023, 131,9%. O aumento aconteceu mesmo com a taxa básica de juros do país, a Selic, que serve de referência para as concessões de crédito, tendo ficado menor nesse período, de 13,75% no ano passado para 10,75% atualmente.
No rotativo do cartão de crédito, modalidade mais cara do mercado brasileiro, os juros ficaram em 426,9% em agosto – uma redução ante o mês anterior (432,2%) e também ao mesmo mês um ano antes (445,5%).
Tomar um crédito pessoal, por sua vez, está ficando mais caro para alguns e mais barato para outros: as taxas médias dos empréstimos comuns subiram de 92,6% para 95,4% entre agosto do ano passado e agosto deste ano – mesmo com a inadimplência deste segmento tendo caído de 7,1% para 5,9% nesse intervalo. desde A taxa de inadimplência leva em conta o total de empréstimos que estão com o pagamento das parcelas atrasados. Já as taxas do crédito consignado, que tem o desconto das parcelas feito direto da folha de pagamento dos aposentados e trabalhadores, caiu de 24,9% para 23,1% no mesmo período.