JBS desiste de abrir o capital de subsidiária nos EUA
Empresa informa que nada impede a companhia ou uma de suas filiadas de fazer uma listagem nos EUA futuramente
A JBS desistiu dos planos abrir o capital da sua subsidiária JBS Foods International nos Estados Unidos, de acordo com comunicado enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado americano, nesta segunda-feira. A empresa, que é a maior processadora de carne do mundo e que tem sido investigada por corrupção, pretendia estar pronta para o IPO na bolsa de Nova York no segundo semestre de 2018.
O pedido tinha sido apresentado em dezembro de 2016, e foi adiado após as delações premiadas dos donos da companhia, os irmãos Joesley e Wesley Batista, e outros funcionários da empresa. Os Batista estão atualmente presos, acusados de usar informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro.
À época, a companhia disse que o objetivo da operação era o de reduzir o tamanho da dívida em relação aos rendimentos obtidos com o negócio (alavancagem). A empresa buscava melhor acesso a recursos estrangeiros e o dinheiro levantado no processo seria usado para quitar obrigações. A JBS encerrou o segundo trimestre deste ano com uma dívida líquida de 50,4 bilhões de reais, uma alavancagem de 4,16 vezes.
A oferta de ações nos Estados Unidos foi a alternativa encontrada pela JBS para buscar valores, após o veto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à reestruturação societária anunciada em maio de 2016.
Em nota, a empresa informa que o último comunicado da JBS Foods International à SEC dos EUA é uma questão processual. “Isto não impede que a companhia ou qualquer uma de suas afiliadas faça uma listagem nos EUA futuramente. A companhia continua com a visão de que uma listagem no país é o caminho certo para maximizar seu valor para todos os stakeholders”, afirma em nota.
Outro lado
Em nota a imprensa, a JBS disse que o comunicado à SEC é uma questão processual. “Isto não impede que a Companhia ou qualquer uma de suas afiliadas faça uma listagem nos EUA futuramente. A Companhia continua com a visão de que uma listagem no país é o caminho certo para maximizar seu valor para todos os stakeholders”, diz trecho do texto.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)