IPCA-15 e commodities renovam fôlego do Ibovespa
O principal índice da B3 opera com menor intensidade em comparação ao pregão anterior, sustentado pelas ações da Vale e pela desaceleração na prévia da inflação
Após avançar mais de 1%, o Ibovespa, principal índice da B3, perde fôlego nesta quarta-feira, 25, registrando uma leve alta, aos 132 mil pontos. O dólar também opera em leve alta. A moeda americana estava cotada a R$ 5,47 às 11h25. O cenário externo apresenta sinais mistos, enquanto a bolsa é impulsionada pelas ações da Vale e da Petrobras, que sobem após o anúncio de um pacote de estímulos econômicos na China. O índice ainda reflete o IPCA-15, prévia da inflação, que veio abaixo das expectativas do mercado.
O IPCA-15 registrou um avanço de 0,13% em setembro, uma desaceleração em relação ao 0,19% de agosto e abaixo da projeção de 0,33%. Essa surpresa no índice de preços ajuda a aliviar as preocupações com a inflação e a possibilidade de aumentos agressivos na taxa Selic, o que trouxe algum alívio para os investidores.
Contudo, o cenário fiscal brasileiro continua no centro das atenções. Embora o foco na política fiscal persista, a recente revisão da OCDE trouxe um alento: a organização revisou para cima suas projeções de crescimento do PIB brasileiro, de 1,9% para 2,9% em 2024, e de 2,1% para 2,6% em 2025. Isso reforça uma perspectiva mais otimista para a economia nacional, mesmo em meio às incertezas fiscais.
Nos mercados internacionais, as bolsas operam em terreno negativo, refletindo um ambiente de volatilidade global que limita os ganhos do Ibovespa. Entre as commodities, o minério de ferro se destaca com uma valorização acima de 4%, beneficiando a Vale, que continua a alavancar o índice. Por outro lado, o preço do petróleo recua pressionando as ações do setor energético. Essa combinação de fatores, tanto domésticos quanto externos, mantém o Ibovespa com uma alta moderada.