Inflação sobre 0,34% na prévia de outubro, puxada por combustível
A alta nos preços foi de 5,36% nos combustíveis domésticos e de 1,29% nos combustíveis de veículos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro registrou alta de 0,34%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA-15 aponta a variação dos preços de venda de produtos e é considerado a prévia do índice oficial da inflação. No mês anterior, a inflação subiu 0,11%. No ano, o índice acumulou alta de 2,25%, bem abaixo dos 6,11% de igual período do ano passado.
Esse é o menor acumulado para o mês de outubro desde 2006, quando o resultado foi de 2,22%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 2,71%, acima dos 2,56% do mesmo período de 2016.
O índice de outubro foi influenciado, principalmente, pelos combustíveis: a alta nos preços foi de 5,36% nos combustíveis domésticos, pertencentes ao grupo Habitação (0,66%), e de 1,29% nos combustíveis de veículos, incluído no grupo Transportes (0,60%).
Ainda no grupo Habitação, o preço do gás de botijão subiu 5,72% e foi responsável pelo maior impacto individual do índice. Entre os meses de setembro e outubro, a Petrobras anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 kg – com isso, o item chegou a variar 2,10% na região metropolitana do Rio de Janeiro e até os 7,89% da região metropolitana de Belém.
A alta na taxa de água e esgoto (0,11%) reflete o reajuste de 4,33% na região metropolitana de Fortaleza, a partir de 23 de setembro, em complementação aos 12,90% em vigor desde junho de 2017. Entre os serviços que apresentaram queda no preço, destaca-se a energia elétrica (-0,15%), mas as variações oscilaram entre -1,82% da região metropolitana de Porto Alegre e 3,77% em Salvador.
No grupo de alimentos houve um recuo de 0,15%, queda menos intensa que a de setembro (-0,94%). Curitiba (1,00%), Goiânia (0,28%), São Paulo (0,27%) e Fortaleza (0,18%) se destacaram com variações positivas de um mês para o outro. As demais áreas ficaram entre -1,05% em Recife e -0,09% em Salvador.
Os alimentos para consumo no domicílio ficaram, em média, 0,34% mais baratos. Destacam-se o alho (-9,88%), feijão-carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa vida (-3,52%). Entre os itens que encareceram, sobressaem-se as carnes (0,54%) e as frutas (1,40%).
O grupo Transportes (0,60%) desacelerou em relação ao índice de setembro (1,25%). O movimento foi influenciado pela gasolina (de 3,76% em setembro para 1,45% em outubro) e as passagens aéreas (de 21,30% em setembro para 7,35% em outubro).
Já a alimentação fora de casa (0,18%) teve oscilações entre -2,18% em Brasília e 2,67% na região metropolitana de Curitiba. Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados os Artigos de residência (-0,13%) e eletrodomésticos (-0,57%) ficaram mais em conta para o consumidor. No grupo Comunicação, a alta de 0,48% reflete o reajuste no item telefone celular (1,30%).