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Inflação nos EUA acelera para maior índice em 40 anos

Alta nos preços ficou acima das expectativas em maio, atingindo 8,6% no ano

Por Renan Monteiro Atualizado em 10 jun 2022, 18h48 - Publicado em 10 jun 2022, 10h26

A menos de cinco meses das eleições legislativas, Joe Biden ainda não vê sinais de declive na alta geral de preços nos Estados Unidos, um dos principais indicadores para sua popularidade – ou falta dela. A inflação subiu para 8,6% em maio, no acúmulo de um ano, o maior índice em 40 anos. Segundo os dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas, divulgados nesta sexta, 10, os preços subiram, só em maio, 1%, significativamente mais rápido do que o aumento de 0,3% registrado em abril.

O aumento nos preços de produtos como gasolina, alimentos e carros, ou serviços como aluguéis, levaram a taxa de inflação nos Estados Unidos ao crescimento mais rápido desde o final de 1981. O movimento do banco central americano de aumento da taxa de juros, para conter essa escalada inflacionária, pode ganhar mais impulso. O Federal Reserve dos EUA, assim como os bancos centrais no Brasil, Reino Unido e outras potências, adotou a estratégia de aumento gradual nos juros para tornar o dinheiro emprestado mais caro. Com valores altos para empréstimos e compras no crédito, a demanda geral de consumidores e das empresas é retraída, esfriando a economia. A estratégia, com essa contração, é facilitar a recuperação do atraso na oferta frente a uma demanda que estava mais aquecida e, em última análise, abrir terreno para uma inflação mais baixa.

O problema, na perspectiva de Camila Abdelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos, é que é necessário olhar para além dos preços mais voláteis de inflação (alimentação e energia). O acumulado em 12 meses, sem considerar os esses produtos e serviços voláteis, já é elevado, atingindo 6% no acumulado. “Aliada ao problema global da inflação, acentuada pelo conflito no Leste Europeu com o aumento nos preços de energia e commodities agropecuárias, há uma forte atividade econômica nos EUA, que segue latente, principalmente no consumo das famílias. Excluindo os serviços de energia, conseguimos ver uma inflação de serviços com alta de 5,2% no acumulado. Então, tem uma atividade economia aquecida que é consequência dos estímulos econômicos que foram adotados por lá para estimular a economia frente às consequências da pandemia”, avalia.

Outro ponto citado por Abdelmalack como pressionador do níveis inflacionários é o mercado de trabalho no paísA taxa de desemprego por lá já está próxima da taxa mínima de meio século, com 3,6%. Então, o aumento dos custos trabalhistas, necessários para conseguir contratar trabalhadores, aliado à elevação dos níveis de consumo da população, também estimulam a alta geral nos preços.

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