‘Inflação do aluguel’ desacelera e fecha 2022 em 5,45%
Variação em dezembro foi de 0,45%, sendo que maiores altas ao consumidor ocorreram em alimentos como tomate, com 19,12%, e cebola, com 24,80%
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), mais conhecido como “índice do aluguel”, cresceu 0,45% em dezembro e terminou o ano de 2022 com alta acumulada de 5,45%, informou o FGV-Ibre na manhã desta quinta-feira, 29. O número é bastante inferior ao acumulado em 2021, quando foi registrada alta de 17,78% em 12 meses.
A alta do IGP-M em dezembro ocorre após quatro meses de deflação. Em novembro, por exemplo, houve queda de 0,56%. “A última edição do IGP-M de 2022, mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”, diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV-Ibre.
Entre as maiores altas em dezembro, destacam-se no índice ao produtor os aumentos do feijão, de -1,45% para 15,36%, de bovinos, de -2,20% para 1,55%, e de óleo de soja refinado, de 2,57% para 7,35%. Já no âmbito do consumidor, as maiores altas ocorreram em alimentos in natura, com destaque para tomate de 18,13% para 19,12%, e cebola, de 17,36% para 24,80%.
Já no acumulado do ano, a maior alta ocorreu no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que variou 9,40% no ano. O aumento se deve à mão de obra, que variou 11,76%, e materiais, equipamentos e serviços, que cresceu 7,23%.
Índice do aluguel de imóveis
O IGP-M é conhecido como “índice do aluguel” por ser utilizado na maioria dos contratos de locação para o reajuste anual do valor cobrado aos inquilinos. No ano passado, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 na inflação, diversos inquilinos tentaram substituir o IGP-M pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que terminou o ano de 2021 com alta de 10,06%. Em 2022, no entanto, os dois índices estão com variação bastante próxima, sendo que o IPCA está previsto pelo Boletim Focus para encerrar o ano em 5,62%.