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Inflação acelera acima do esperado nos EUA em junho e chega a 9,1%

É a maior escalada de preços desde 1981 e a consequência pode ser mais aumento de juros e do risco de recessão

Por Renan Monteiro Atualizado em 13 jul 2022, 18h13 - Publicado em 13 jul 2022, 09h58

Bem acima do esperado, a inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% em junho, no acúmulo anual, um recorde de mais de quatro décadas. Os preços da gasolina e alimentos, novamente, alavancaram essa alta histórica. O índice de preços saltou 1,3% no mês, após subir 1% em maio, conforme os dados divulgados hoje,13, pela Secretaria de Estatísticas de Trabalho dos EUA. 

A previsão média era de aumento em 8,8% no ano, já considerado alto. Só o setor de energia está com aumento de 41,6% no acúmulo anual, enquanto o de alimentos pesa na inflação com 10,4% de aumento. Com os dados de hoje,  há um forte estímulo para Federal Reserve – o banco central do país – continuar aumentando os juros para desacelerar a economia, a fim de conter a inflação.

Dessa forma, há um maior risco de recessão. “Diante de juros maiores e política monetária restritiva, o menor dinamismo econômico provoca menor confiança no presente e futuro, o que reduz os gastos e investimentos, provocando um movimento de menor contratação e nível de emprego”, diz o economista Carlos Caixeta, membro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Esse cenário previsto de retração econônica é o motivo pela tese de “insustentabilidade” na atual taxa de emprego no país. 

Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, os dado de inflação em junho reforçam a postura “hawkish”, isto é, mais agressiva no aumento de juros. “Na reunião entre 26 e 27 de julho, é precificada pelo mercado a manutenção no ritmo de elevação dos juros em 0,75 ponto, para o patamar entre 2,25% e 2,5%”, avalia. Se os juros chegarem a esse nível, será novamente um novo recorde e mais um indicador de uma possível intensa recessão para a economia americana no próximo ano. 

Em nota oficial, divulgada pela Casa Branca, Biden mencionou o persistente impacto da Covid-19 e da Guerra na Ucrânia para a escalada de preços no mundo, assim como ressaltou a independência do Federal Reserve no combate à inflação. “Vou demandar ao Congresso, este mês, uma legislação para reduzir os custos das despesas diárias que estão atingindo as famílias americanas, incluindo medicamentos, contas de serviços públicos e seguro de saúde”, destaca o presidente, como medida de curto prazo para conter a inflação.

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