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Ibovespa opera abaixo dos 100 mil pontos com preocupação sobre coronavírus

Preocupação global com as consequências econômicas da Covid-19 aumentaram no Brasil com a confirmação de mais casos

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 mar 2020, 10h49 - Publicado em 6 mar 2020, 10h48

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, começou a sexta-feira, 6, do mesmo jeito que terminou a quinta: com queda expressiva. O pessimismo global com a situação da epidemia causada pelo novo coronavírus e o impacto da doença (Covid-19) no Brasil preocupam os investidores. Por volta das 10h30, o índice caia 4,3%, aos 97.803 pontos. Essa é a pontuação mínima do indicador desde agosto de 2019.

Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 4,65%, a 102.233,24 pontos. A queda se acentuou após o Ministério da Saúde confirmar que há oito casos da doença causada pelo coronavírus no Brasil, sendo dois deles por transferência local, ou seja, sem que as pessoas infectadas tenham viajado para o exterior. Nesta sexta, a Secretaria de Saúde da Bahia confirmou mais um caso, esse o primeiro do Nordeste.

A preocupação do mercado é que as políticas monetárias de estímulo adotadas mundo afora — e que devem ser seguidas no Brasil com a indicação de um novo corte na taxa básica de juros pelo Banco Central — não surtam efeito. “Novas abordagens podem ser necessárias para reduzir o impacto do vírus e permitir uma rápida recuperação das perdas econômicas quando o surto desaparecer”, afirmou o economista Adam Slater, da Oxford Economics, em relatório enviado a clientes.

As quedas nos papéis eram generalizadas. Entre as principais estão perdas da Azul e da Gol, na casa dos 10%. Já as varejistas Magazine Luiza e Via Varejo caíam mais de 8%. A última vez que o Ibovespa fechou abaixo dos 100 mil pontos foi no dia 8 de outubro, quando encerrou a 99.981 pontos.

Dólar instável

Depois de bater o 12º dia de recorde consecutivo, o dólar comercial operava em ligeira queda na manhã desta sexta. A moeda caia 0,12% por volta das 10h40, cotada a 4,64 reais.

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Nesta sessão, o Banco Central realizou leilão de 40 mil contratos de swaps tradicionais, vendendo o total da oferta de 2 bilhões de dólares, dobrando a oferta em relação aos três leilões de até 20 mil contratos cada que aconteceram na quinta-feira.

A medida extraordinária veio depois do salto do dólar por 12 sessões seguidas, renovando sua máxima recorde para fechamento nas últimas dez. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,54%, a 4,651 reais na venda.

(Com Reuters)

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