ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Ibovespa fecha em queda pelo 5º dia seguido pressionado por commodities

Mercado opera com cautela à espera do pacote de corte de gastos prometido pelo governo; Dólar comercial recua ligeiramente, vendido aos R$ 5,69

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 out 2024, 17h36

O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,55%, aos 129,2 mil pontos. O Índice  reflete a desaceleração global das commodities, com o petróleo e metais recuando no mercado internacional. Esse movimento teve impacto direto sobre as ações brasileiras ligadas ao setor de matérias-primas, que compõem um peso significativo no índice.

A aversão ao risco também foi amplificada pelas incertezas internas, especialmente com o futuro fiscal do país em foco.

O dólar operou em alta durante boa parte do dia, mas acabou fechando em ligeira baixa, vendido a R$ 5,69 no fim do dia. O patamar da moeda reflete a ansiedade dos investidores em torno de medidas fiscais concretas, aguardadas para o período pós-eleições municipais. O mercado está particularmente atento ao pacote de corte de gastos que o governo deve anunciar. Segundo André Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital,   a magnitude dessas medidas será crucial: um pacote robusto, com cortes estruturais acima de R$ 40 bilhões, poderia aliviar a pressão sobre a curva de juros e fortalecer o real. No entanto, se o corte for menor ou temporário, o impacto poderá ser negativo, intensificando o estresse no mercado.

O especialista ressalta que o mercado está cansado de promessas e espera por ações tangíveis para melhorar o cenário fiscal. “Até que haja clareza sobre o pacote de cortes, o mercado deve permanecer volátil, com juros futuros e o câmbio operando sob pressão”, diz.

Nos Estados Unidos, a divulgação do Livro Bege trouxe sinais encorajadores para um “pouso suave” da maior economia do mundo. Embora o ritmo de crescimento esteja desacelerando, o aumento recente nos preços de alimentos sugere que o Federal Reserve deve adotar uma postura cautelosa em relação ao corte de juros. A expectativa do mercado é de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed.

O relatório reforçou essa perspectiva de continuidade no ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o que contribuiu para aliviar a pressão sobre o câmbio. Com juros mais baixos nos EUA e a perspectiva de novos aumentos da Selic no Brasil, o diferencial de taxas acaba favorecendo o real, tornando os ativos brasileiros mais atraentes para os investidores.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.