O Ibovespa, principal índice da B3, fechou pela primeira vez na história acima dos 140 mil pontos, renovando sua máxima histórica. Ele registrou alta de 0,34% no fechamento do mercado, aos 140.109 pontos, enquanto o dólar encerrou em alta de 0,26%, cotado a 5,66 reais.

A agenda econômica é fraca tanto no exterior quanto no Brasil, o que faz com que o mercado se movimentasse a partir de reverberações dos acontecimentos de ontem e das incertezas em relação às políticas monetárias. Nos Estados Unidos, as atenções se voltam aos discursos dos dirigentes do Federal Reserve (Fed), banco central americano. Nessa semana, as autoridades continuam a reforçar a estratégia de cautela sobre os juros, que indica que novas mudanças acontecerão de olho em dados econômicos e no cenário geopolítico do país. Ambos podem se deparar com consequências negativas a depender dos próximos passos do presidente Donald Trump em relação às tarifas comerciais impostas a outros países.

Além disso, o ambiente ainda é sensível para os negócios depois da decisão da agência de classificação de risco Moody’s de remover o triplo A da nota de crédito dos Estados Unidos e substituí-lo para AA1. O movimento significa que, para o país houve um aumento do risco de não honrar as dívidas, apesar de ele ainda ser baixo.

No cenário doméstico, o destaque é o novo conjunto de medidas fiscais apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Dia 22 [quinta-feira], a gente vai dar ao público todo o quadro fiscal deste ano e projeção para o ano que vem também. Até quinta-feira sai tudo”, confirmou Haddad à imprensa. Segundo ele, a divulgação deve ser feita juntamente ao Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, um documento periódico apresentado pela equipe econômica com a evolução da execução orçamentária.

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