A China anunciou durante a madrugada um salto de 7,2% nas exportações em julho, acima dos 4,6% esperados por economistas. As importações também avançaram, 4,1% ante 0,3% previstos.

A disparada reflete um fenômeno comum da economia: a capacidade de adaptação e a antecipação a mudanças futuras. A trégua entre China e Estados Unidos no âmbito da guerra comercial está perto do fim, e é provável que o aumento no fluxo comercial reflita o receio de que as alíquotas voltem a subir.

Algo semelhante aconteceu com a balança comercial brasileira em julho. Houve um salto de 7% nas exportações para os Estados Unidos, em uma antecipação da entrada em vigor das tarifas impostas por Trump. 

Nesta quinta, os mercados financeiros globais avançam, demonstrando pouca preocupação com o andamento da guerra comercial. O noticiário econômico é relativamente fraco. Nos EUA, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego após Trump atacar a piora nos dados do mercado de trabalho.

O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, sobe quase 1%. No cenário internacional, o presidente Lula articula com seus pares de Brics uma resposta ao ataque econômico de Donald Trump. No campo doméstico, o Congresso vai escapando da nova ofensiva bolsonarista sobre os interesses do país.

A Faria Lima deve pegar leve durante o dia, guardando suas energias para a bateria de balanços que saem após o fechamento do mercado, incluindo aí a Petrobras. 

Agenda do dia

8h: Reino Unido divulga decisão de política monetária
9h30: EUA publicam pedidos de auxílio-desemprego da semana até 2/8
11h: Anfavea divulga produção e venda de veículos
11h: Raphael Bostic (Fed) discute política monetária em evento

Balanços

Balanços, após o fechamento: Alpargatas, Assaí, Auren, Azzas, B3, Boa Safra Sementes, Energisa, Engie, Eztec, Fleury, Kepler Weber, Lojas Renner, Magazine Luiza, Movida, Petrobras, Petrorecôncavo, Petz, Rumo, Stone, Tenda e Vivara

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