Ibovespa descola do exterior e fecha março em alta firme
No ano, a alta acumulada é de 9,66%. O dado impressiona porque mostra um completo descolamento dos mercados globais

O Ibovespa se prepara para encerrar março com uma marca importante: no acumulado do mês, o índice sobe impressionantes 7,41% e mostra um desempenho completamente descolado dos danos causados pelo furacão tarifário de Donald Trump. No ano, a alta acumulada é de 9,66%.
O dado impressiona porque mostra um completo descolamento dos mercados globais. Em março, os índices S&P 500 e Nasdaq recuam de maneira dramática: -6,27% e -8,09%, respectivamente. E nem mesmo a Europa escapa. O índice alemão DAX, que bateu recordes após a eleição no país, registra perda de 1,74% no mês.
A tendência desta segunda-feira é que o Ibovespa diminua seus ganhos em março, acompanhando o pessimismo global que pesa sobre os futuros americanos e as bolsas europeias. Investidores continuam afundados na incerteza geopolítica conduzida pelos humores do presidente americano. Trump deve anunciar a entrada em vigor de suas tarifas de importações na quarta-feira.
Até lá, o que resta ao mercado financeiro é esperar – e tentar decifrar o vai-e-vem das ameaças que vêm dos EUA. O Brasil não deve escapar das tarifas.
Nisso, parece quase surreal o otimismo que o mercado vem depositando sobre a bolsa brasileira. A agenda do dia é fraca no exterior. No Brasil, os destaques são o Boletim Focus e o resultado do setor público, dois dados que o Banco Central divulga logo pela manhã.
Agenda do dia
8h25: BC publica Boletim Focus
8h30: BC divulga resultado primário do setor público de fevereiro
9h: Alemanha anuncia CPI preliminar de março
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