Ibovespa avança de olho em IPCA de janeiro; dólar repete dose e cai
Inflação medida pelo índice registrou 0,16% em janeiro, exatamente como previsto por economistas

Pelo segundo dia seguido de poucos catalisadores para os negócios, o dólar fechou em queda de 0,39% nesta terça-feira, 11, cotado a 5,76 reais. Já o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 0,76%, em 126.521 pontos, em dia marcado pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro.
No cenário doméstico, o resultado medido pelo IPCA é o protagonista e principal propulsor do bom humor dos investidores. Em janeiro, a inflação oficial ficou em 0,16%, exatamente como previsto por economistas. O índice registrou a menor porcentagem para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, e caiu 0,36 ponto percentual em relação a dezembro, quando registrou 0,52%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado em 12 meses recuou para 4,56%.
O setor que mais contribuiu para o resultado otimista foi o de energia elétrica residencial, que ficou 14,21% mais barato e puxou o IPCA para baixo em 0,55 ponto percentual. No mês passado, mais de 78,3 milhões de consumidores receberam o desconto na conta de luz, 97% do total de clientes residenciais e rurais, de acordo com o instituto.
Além do tema do IPCA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve um encontro nesta tarde com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com o objetivo de apresentar as principais pautas econômicas do governo federal para 2025. Durante a reunião, o ministro agradeceu a aprovação de 32 medidas econômicas pelo Congresso no ano passado e reforçou a importância de manter o diálogo aberto para novas pautas. “Além das contas públicas, existe todo um trabalho para melhorar o nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou Haddad.
Já o mercado internacional registra certa estabilidade, ainda digerindo os anúncios do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à taxação de 25% sobre aço e alumínio importados. Daqui para frente, analistas observam que será importante ver quais medidas serão de fato implementadas por Trump e o quanto disso vem em linha ao que já foi anunciado.
Além disso, Jerome Powell, os investidores acompanharam as falas do presidente do Federal Reserve (Fed), autoridade monetária dos EUA, ao Congresso americano, na busca de mais informações sobre os rumos da política monetária. O dirigente reforçou declarações já feitas na última decisão de juros, destacando que o banco central americano “não tem pressa” para cortar a taxa de juros no país e que “reduzir a política restritiva muito rápido pode atrapalhar o progresso com a inflação.”