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Haddad espera reunião de negociação com os EUA para os próximos dias

Entre os assuntos na pauta brasileira, o ministro mencionou o potencial em acordos bilaterais envolvendo minerais críticos e terras raras

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 ago 2025, 17h54 - Publicado em 4 ago 2025, 17h15

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ele e outras autoridades brasileiras devem conseguir se sentar à mesa com representantes do governo dos Estados Unidos para negociar as condições comerciais entre os dois países nos próximos dias. “Eu creio que alguma coisa pode acontecer até o dia 6”, disse Haddad na tarde desta segunda-feira, 4, em uma entrevista à rádio BandNews. Entre os assuntos que estão na pauta brasileira para contornar o aumento tarifário, Haddad mencionou a necessidade de despolitizar a discussão em torno da política comercial – que, no caso brasileiro, foi vinculada às investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro – e também mencionou o potencial em acordos envolvendo os minerais voltadas à tecnologia em que o Brasil é rico.

“Em se tratando da maior economia do mundo, o Brasil pode participar mais do comércio bilateral, sobretudo em investimentos estratégidos”, disse. “Nós temos minerais críticos e terras raras, e os Estados Unidos não são ricos nisso. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes. Temos muito a aprender e também a ensinar na área de tenologia. Basta ver  objeto de desejo que se tornou o Pix desenvolvido no Brasil, mencionado por alguns como o futuro da moeda digital no mundo.”

Em decreto editado na semana, o presidente americano, Donald Trump, agendou para quarta-feira, 6 de agosto, o início do aumento da tarifa sobre boa parte dos produtos brasileiros de 10% para 50%. A Fazenda brasileira aguarda desde então uma conversa com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent – que, de acordo com Haddad, depende de uma janela na agenda entre as dezenas de países com quem tem precisado negociar.

“O secretário Bessent concentra uma quantidade enorme de acordos, de dezenas de países, e até a semana passada estava na Europa firmando o acordo com a União Europeia, e disse que que, antes de voltar, teria dificuldade de uma janela para uma reunião comigo”, contou o ministro. “Desde a semana passada, na sexta-feira, houve um interesse em marcar essa primeira reunião, e creio que nessa semana vamos poder conversar.”

Pacote de ajuda

Haddad também afirmou que o que tem chamado de “plano de contingência”, para acudir, no Brasil, as empresas que forem atingidas pelo eventual aumento tarifário, já está pronto e entregue ao presidente Lula. O texto conta com medidas diversas de crédito ou apoio ao emprego para atender as diferentes atividades, e com um custo aos cofres públicos pequeno. “Já levamos um plano de contingenciamento ao presidente, com inúmeras medidas que ele vai poder pinçar e anunciar quando achar melhor, e que já estão devidamente orçadas, com um impacto primário [sobre os gastos públicos] pequeno”, afirmou o ministro.

Apesar de café e carne estarem entre os principais produtos vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos que seguem na lista para pagar a nova tarifa de 50%, o ministro afirmou que a principal preocupação está não em commodities como essas, que têm o preço definido em bolsas internacionais e uma facilidade maior de redirecionar as vendas para outros países, mas, principalmente, em atividade da indústria que acabaram se especializando em uma produção “sob medida”, para os Estados Unidos. “Conversei com muitos empresários na semana passada e ouvi deles que teriam uma facilidade em redirecionar a produção para outros destinos”, disse. “A nossa preocupação maior está na outra pronta, de setores que não produzem commodities. Na indústria, há alguns setores que produzem sob medida para parceiros nos Estados. É o caso da Embraer, por exemplo, que acabou ficando de fora da lista [de produtos a pagarem a tarifa adicional]. São empresas que vão precisar comprar um novo equipamento para produzir mrecadorias para outro destino. Nesse caso pode ser pensada uma linha de crédito subsidiada, por exemplo.”

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