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Haddad diz que plano de contingência a tarifaço foi concluído

Ministro afirmou que o governo brasileiro segue tentando negociar a tarifa de 50% com os americanos

Por Redação
Atualizado em 23 jul 2025, 22h25 - Publicado em 23 jul 2025, 20h49

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quarta-feira, 23, que técnicos já concluíram o plano de contingência para lidar com a tarifa de 50% que pode ser aplicada à importação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos a partir do dia 1º de agosto.

Haddad falou com a imprensa na saída do ministério. Segundo o ministro, o material será apresentado a ele nesta quinta e deve ser levado ao Palácio do Planalto na semana que vem.

“A área técnica dos três ministérios envolvidos [Fazenda, Indústria e Relações Exteriores] vão me apresentar amanhã os detalhes. Provavelmente semana que vem nós devemos levar para o presidente [Lula]”, afirmou o ministro, que não adiantou detalhes sobre nenhuma medida.

Elaborado com base nos parâmetros definidos por Haddad e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o plano de contingência ainda precisa ser avaliado pelos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Casa Civil, Rui Costa, antes de serem enviadas a Lula, que tomará a decisão final.

Na segunda-feira, o ministro explicou que o plano de contingência deveria apontar “as alternativas que nós temos, tanto em relação à lei da reciprocidade, quanto em relação ao eventual apoio que o presidente eventualmente queira considerar em relação aos setores mais prejudicados”.

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Na ocasião, em entrevista à rádio CBN, Haddad afirmou que estaa em estudo a abertura de uma linha de crédito para os setores mais impactados pela sobretaxa. “Pode ser que nós tenhamos que recorrer a instrumentos de apoio aos setores que injustamente estão sendo afetados”, acrescentou.

Negociações

Haddad afirmou que o governo brasileiro segue tentando negociar a tarifa com os americanos. O ministro afirmou que a negociação, no caso do Ministério da Fazenda, está ocorrendo com os técnicos da pasta do Tesouro americano, não com o secretário, Scott Bessent. “O tema está muito concentrado na assessoria da Casa Branca. Daí a dificuldade de entender melhor qual vai ser o movimento de lá”, disse.

Apesar das dificuldades, o ministro afirmou ainda ver espaço para negociações com o país, baseados nas experiências de acordos recentemente fechados com o Vietnã, o Japão, a Indonésia e as Filipinas. Haddad também citou avanços nas negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia como fator que pode estimular o Brasil.

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“Houve boas surpresas em relação a outros países nos últimos dias. Podemos chegar à data de 1º de agosto com algum aceno e alguma possibilidade de acordo, mas para haver acordo precisa haver duas partes sentadas à mesa para chegar a uma conclusão. Não dá para antecipar um movimento que não depende só de nós, mas o Brasil nunca saiu da mesa de negociação”, acrescentou Haddad.

Governadores

O ministro elogiou a iniciativa de governadores em oferecer ajuda aos setores dos respectivos estados afetados pelo tarifaço do governo Donald Trump. No entanto, disse que as medidas de ajuda locais têm pouco alcance diante do impacto sobre as exportações brasileiras.

“Toda ajuda é bem-vinda, mas são movimentos um pouco restritos, não tem um alcance, porque uma linha de R$ 200 milhões, você está falando de US$ 40 milhões, enquanto estamos falando de US$ 40 bilhões de exportação”, afirmou Haddad.

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O ministro referiu-se a uma linha de crédito de R$ 200 milhões anunciada nesta quarta pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Apesar do alcance restrito, Haddad reconheceu o esforço dos governadores de se mobilizarem em torno das empresas e dos setores econômicos afetados.

“É bom saber que os governadores estão mobilizados e percebendo, finalmente, que é um problema do Estado brasileiro. É bom notar que eles estão mudando de posição, deixando de celebrar uma agressão estrangeira ao Brasil. Isso é importante: caírem na real e abandonarem o movimento inicial que fizeram de apoio ao tarifaço contra o Brasil”, comentou.

(Com Agência Brasil)

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